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Seminário Estadual sobre Arboviroses discute panorama das doenças no Brasil e no mundo

Pernambuco apresenta o maior número de notificações, com 1.999 casos

Rádio Jornal
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Publicado em 20/06/2016 às 14:29
Foto: Agência Brasil


Em visita à Pernambuco, o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, informou que 80% dos domicílios do país já receberam visitas de agentes de combate as arboviroses.

O número é registrado ao longo de quatro ciclos de combate ao mosquito causador da Dengue, Chikungunya e Zika, principal causador da epidemia da síndrome de microcefalia que atinge crianças em todo o país.

Eduardo Hage, que participa de um seminário de troca de experiências, promovido pelo Governo do Estado, municípios e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), garantiu que durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto, a população e os visitantes não vão sofrer com transtornos. “Historicamente, nos últimos dez anos, esse período em todas as capitais que vão sediar disputas das olimpíadas é de baixa transmissão”, destacou.

Por falar do evento que ocorre aqui na Zona Sul do Recife e serve de troca de experiências entre o que ocorre no País e no mundo, alguns índices já demonstraram um recuo na curva de incidência de casos de microcefalia.

Pernambuco apresenta o maior número de notificações, com 1.999 casos, reduziu consideravelmente este número. “A gente já chegou a notificar 200 casos de microcefalia por semana. Hoje a gente notifica seis a sete por semana. Mas nós notificávamos nove por ano”, pontuou Luciana Albuquerque, secretária executiva de Vigilância em Saúde.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Outro dado animador, é o funcionamento de 23 unidades de reabilitação e assistência de crianças nascidas com microcefalia, espalhadas por todo o estado, atuando na assistência e reabilitação de crianças nascidas com microcefalia.

Até o fim do mês, Ouricuri terá inaugurado um novo local para atendimento no Sertão. No início da epidemia, em outubro de 2015, um paciente percorria, em média, 420 km para ser assistido. Hoje a distância caiu para 60 em todas as regiões.

O seminário estadual de troca de experiências segue nesta terça-feira (21).