POLÍCIA FEDERAL

Parlamentares comentam Operação Custo Brasil e prisão de Paulo Bernardo

Senadores do PT, do PSDB e o presidente da casa Renan Calheiros questionaram ação da Polícia Federal que terminou com prisão de ex-ministro

Rádio Jornal
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Publicado em 24/06/2016 às 8:55
Ex-ministro Paulo Bernardo.


Após a Operação Custo Benefício ser realizada na última quinta-feira (23), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou o caso na comissão do impeachment no Senado. Para o senador, a operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro e ex-deputado do PT Paulo Bernardo objetiva constranger a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), esposa de Paulo Bernardo.

Até o líder do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima, considerou a operação "estranha". Além de prender Paulo, que é ex-ministro de Planejamento das gestões de Lula e Dilma Rousseff, a PF apreendeu motos do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas. A Operação Custo Brasil flagrou esquema de corrupção que distribuía propina arrecadada dos contratos de crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos. Segundo a PF, Paulo Bernardo teria recebido R$ 7 milhões.

O esquema funcionava assim: o Ministério do Planejamento de Pedro Bernado contratou a empresa Consist para gerenciar o empréstimo consignado de pensionistas e servidores públicos federais. A empresa recebia R$ 1 de cada parcela paga, independente do valor. Segundo a PF, o resto do dinheiro era repartido entre o ministro, o diretório do PT e outras pessoas que se beneficiavam da propina. Gleisi não apareceu no Senado ontem nem deu entrevista. Ela comentou a prisão do marido em uma rede social, dizendo que o momento havia sido "muito triste" e "injusto".

No Senado, o presidente Renan Calheiros cobrou explicações da Polícia Federal sobre a ação no apartamento de Paulo e Gleisi. Segundo o parlamentar, somente o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia autorizar uma operação assim na casa de um senador. Ouça o flash de Romoaldo de Souza: