Nove pessoas foram ouvidas durante a audiência de instrução sobre a morte do professor José Renato de Souza, de 39 anos, nesta sexta-feira (1º). O assassinato foi no Dia dos Pais do ano passado, enquanto a vítima almoçava com a esposa no Restaurante Galletus, na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife.
Entre os ouvidos na audiência, realizada na 1ª Vara Criminal do Fórum Joana Bezerra, estão três funcionários do restaurante, a viúva do professor e os quatro suspeitos de envolvimento no crime. Dois menores de idade, que permanecem internados na Funase do Cabo de Santo Agostinho, além dos ex-presidiários Severino Martins Canha, de 24 anos, e Marcelo Henrique dos Santos, de 23. Todos foram testemunhas de acusação, já que a defesa não apresentou pessoas a serem ouvidas.
A repórter Clarissa Siqueira tem os detalhes:
De acordo com a justiça, como o caso foi latrocínio, roubo seguido de morte, não vai a júri popular. O irmão da vítima José Roberto de Souza fala sobre o medo dos suspeitos não serem devidamente julgados. “Infelizmente, a gente vive no Brasil uma sensação de completa insegurança. Essas brechas que existem nas leis acabam beneficiando quem pratica crime”, comentou.
Nos próximos cinco dias úteis o ministério público deve apresentar ao juiz José Cristovam Tenório de Almeida, as alegações finais do caso. Depois, a defesa dos suspeitos deve levar as próprias alegações.
Só com todos os documentos em mãos, o juiz determina a sentença e a pena. Se considerados culpados, Severino e Marcelo devem ser condenados de 20 a 30 anos de reclusão. Até lá, eles permanecem no Cotel, em Abreu e Lima, no Grande Recife.