INVESTIGAÇÃO

Caso Morato: após três horas de perícia, equipes de polícia deixam motel

Delega Gleide Ângelo e a perita criminal Vanja Coelho não falaram com a imprensa, mas a assessoria informou que será realizada uma coletiva nesta tarde

Rádio Jornal
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Publicado em 02/07/2016 às 14:21
Equipes deixando motel
Foto: Juliana Oliveira/ Rádio Jornal

Após quase três horas de espera em frente ao motel TiTiTi, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, onde o corpo do empresário Paulo César Morato foi encontrado, equipes de polícia saíram do local sem falar com a imprensa.

Neste sábado (2), após mais de 10 dias do caso, a polícia deu continuidade aos trabalhos de investigação sobre o caso. Os peritos tiraram fotos do local. A delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações e a perita Vanja Coelho estavam no local.

Até o momento, sabe-se que o empresário morreu por envenenamento com chumbinho. Mas a Secretaria de Defesa Social não informa se foi assassinato ou suicídio.

Há pouco, a SDS informou que concederá uma entrevista coletiva no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:

A equipe de reportagem da Rádio Jornal chegou a ser intimidada por um homem que se identificou como policial civil em um carro modelo Uno preto, estacionado em um posto de gasolina próximo ao motel. O homem disse para a equipe sair do local, que, por receio, saiu do local. Em seguida, o homem entrou no motel.

Paulo César Morato foi encontrado morto no dia 22 de junho

No dia 22 de junho, Paulo Cesar Morato foi encontrado morto no motel, um dia após a realização da Operação Turbulência, da Polícia Federal, que investiga o desvio de dinheiro público em Pernambuco e Goiás teria movimentado mais de R$ 600 milhões em operações ilegais desde 2010.

A investigação iniciou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas nas contas de empresas envolvidas na aquisição da aeronave CESSNA CITATION PR-AFA, utilizado pelo ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, durante a campanha. A aeronave é a mesma que Eduardo Campos utilizava no acidente aéreo em 2014 que o matou.

No curso da Operação Turbulência foram cumpridos quatro mandados de prisão. Foram presos os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santa Vieira e o advogado Arthur Roberto Lapa Rosal. O quinto mandado de prisão era de Paulo César de Barros Morato.