ACIDENTES

Estado de saúde de criança que caiu em fogueira na véspera do São João é grave

Wendick Rodrigues, de 5 anos, teve 35% do corpo queimado. O número de queimados internados no Hospital da Restauração aumentou 10% em comparação ao ano de 2015

Rádio Jornal
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Publicado em 04/07/2016 às 15:29
Criança de 5 anos se assustou com fogos de artifício e caiu na fogueira
Foto: Clarissa Siqueira/ Rádio Jornal


O número de pacientes internados no Hospital da Restauração, unidade de referência ao tratamento de queimados em Pernambuco, aumentou 10% em comparação com o período de festejos juninos do ano passado. Entre os dias 11 de junho e primeiro de julho deste ano, 56 pessoas com queimaduras provocadas por fogos ou fogueiras deram entrada no centro de tratamento da unidade hospitalar.

Se comparado ao ano de 2014, quando 49 pacientes foram atendidos, esse número é 14% maior.

Além do aumento, houve também uma mudança no perfil das vítimas, o que chama a atenção para a falta de cuidados com as crianças próximas ao fogo. Entre os 56 pacientes, 36 tinham menos de 14 anos.

O chefe do setor, o cirurgião Marcos Barreto, detalha que essa mudança é preocupante. “Faltou supervisão. Uma coisa que tanto pedimos na imprensa que os adultos supervisionassem os filhos na hora do manuseio de fogos de artifício”, disse.

Confira os detalhes na reportagem de Clarissa Siqueira:

Entre os pacientes, 21 permanecem internados. Um deles é o pequeno Wendick Rodrigues, de 5 anos. Ele teve 35% do corpo queimado depois de cair dentro de uma fogueira na véspera do São João, no município de São Bento do Una, Agreste do Estado.

Chefe da unidade de queimados do HR, doutor Marcos Barreto

O médico Marcos Barreto detalha o estado de saúde do menino, caso considerado mais grave este ano. “É um garoto de risco porque ele tem uma grande queimadura toda de terceiro grau. Pegando a parte de tórax, os membros superiores e inferiores, ele está com lesão a nível subcutâneo”, comentou.

A mãe de Wendick, a agricultora Vera Lúcia Rodrigues, fala da lição que aprendeu depois do acidente. “Sofrendo muito. Distante da família com ele aqui. Comigo eu não vou mais querer fogueira”, lamentou a mãe.

Segundo os médicos, em caso de acidente com fogo as vítimas não devem passar pomadas ou alimentos em cima da área queimada. A orientação é colocar a ferida em água corrente e seguir para o hospital.