HABEAS CORPUS

Justiça pode liberar empresário preso na Operação Turbulência nesta terça

Apolo Santana é um dos quatro presos na operação que investiga esquema de lavagem de dinheiro que irrigou as campanhas de Eduardo Campos em 2010 e 2014

Rádio Jornal
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Publicado em 05/07/2016 às 6:51


A segunda turma do Tribunal Regional Federal (TRF-5) se reúne nesta terça-feira (5) para apreciar um pedido de habeas corpus. O pedido de liberdade beneficia Apolo Santana Vieira, dono de uma importadora de pneus em Jaboatão. Ele, assim como outros três presos, está no Centro de Triagem Cotel, em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife.

Ao todo, a Operação Turbulência deflagrada pela Polícia Federal com o respaldo da justiça tinha cinco alvos. Os outros que seguem presos são: Arthur Roberto Lapa Rosal, o “vaqueiro” Tuta Rosal; João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite, conhecido como Ventola, que é dono da cerâmica Camboa e de uma mansão em Tamandaré, no litoral sul do Estado.

Já Paulo César Morato, encontrado morto em motel de Olinda, era apontado como testa de ferro da organização criminosa que movimentou R$ 600 milhões. O dinheiro ilícito ajudou a comprar o jatinho que caiu em Santos, São Paulo, matando o ex-governador Eduardo Campos. A Polícia Federal investiga a existência de um caixa dois financiando as campanhas do socialista em 2010 e 2014.

O corpo de PC Morato foi sepultado neste final de semana no cemitério de Barreiros, na Zona da Mata Sul. O túmulo é simples e sequer continha o nome dele. A única informação que confirma a presença do corpo dele é a data do óbito, 22 de junho. A cerimônia fúnebre reuniu cerca de 30 pessoas, entre as quais a viúva de Morato e as duas enteadas.

As investigações dão conta que ele tinha na conta bancária um saldo de R$ 24,5 milhões. A polícia promete concluir o inquérito e acabar com as dúvidas sobre a morte de Paulo César Morato em 15 dias.

A única certeza por enquanto é que ele faleceu vítima de envenenamento por chumbinho, um agrotóxico de venda proibida e que é usado como raticida. Na semana passada, o secretário executivo de defesa social Alexandre Lucena reforçava a tese de suicídio:

O pedido de federalização das investigações chegou às mãos do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O autor da proposta, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) está em Brasília em busca de apoio político.