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O julgamento do assassinato da proprietária do Bar do Maxixe, que aconteceu em 2008, foi adiado desta terça-feira (12) para o dia 19 de julho. A próxima seção também acontece no Fórum Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, área central do Recife.
A juíza Maria Segunda, responsável pelo caso, entendeu que Antônio Henrique Gomes da Silva, de 79 anos, acusado de mandar matar a esposa, Alzira Batista da Silva, poderia ser prejudicado pela mudança de advogado. Ela explica que o recurso está previsto em lei, mas que só pode ser usado uma vez pelo réu, já que é visto como uma estratégia de defesa.
O defensor Evandro Custódio Filho foi substituído por Alecsandro Queiroz Filho. A mudança foi feita por solicitação de Antônio Henrique. Alecsandro afirma que a estratégia escolhida foi a de postergar o julgamento. “Foi apenas uma tática da defesa. A gente está usando todas as armas para ajudar o senhor Henrique”, disse. “Ele, inocente que é, não tem por que estar passando por isso”, completou.
Antes do julgamento que foi cancelado, o advogado e enteado de Antônio, Alecsandro diz que os filhos acusam o pai pelo crime para ficar com a herança. “Não há provas que coloquem o suposto autor do fato como o mandante do crime. os filhos fizeram tudo isso por causa da herança. Apenas”, diz.
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Os quatro filhos do casal esperam a condenação do pai e se dividem emocionalmente entre o remorso pela ação do réu, pai, e a dor da perda da vítima, mãe. O filho mais velho, Jorge Tadeu da Silva, pede que seja feita justiça. “Não é fácil. Emocionalmente não se explica. O sentimento agora fica muito oblíquo depois de 8,5 anos”, afirma.
RELEMBRE O CASO
Alzira Batista da Silva, na época com 68 anos, estava com Antônio no Bar do Maxixe, que ficava no Bairro do Cordeiro, na Quarta-feira de Cinzas de 2008. No início da noite, dois homens chegaram e pediram uma cerveja. Quando Antônio foi buscar o pedido, os homens atiraram e mataram Alzira. A comerciante foi atingida por sete tiros e morreu na hora.