RIO GRANDE DO NORTE

Polícia Federal desmente relação de foragido com morte do promotor de Itaíba

José Ivanilson apareceu como suspeito após ser pego utilizando documentos com o nome do promotor Thiago Faria

Rádio Jornal
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Publicado em 15/07/2016 às 7:46
Foto: Divulgação

A Polícia Federal de Pernambuco informou agora há pouco (15) que o foragido da penitenciária de Caicó, no Rio Grande do Norte, José Ivanilson Dias Gomes, não tem relação com o assassinato do promotor de Itaíba Thiago Faria, como havíamos informado anteriormente.

José Ivanilson apareceu como suspeito de participação no crime após ser pego utilizando um documento de identidade falso com os dados qualificativos do Promotor de Justiça.

Em nota, a Polícia Federal esclareceu que a prisão dele dentro das investigações que apurou a morte do Promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Farias, ocorreu em dezembro de 2014, no município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, em virtude do cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela 36ª Vara Federal.

Durante as investigações ficou constatado que José Ivanilson não teve participação na morte do Promotor de Itaíba e nem conhecia os demais envolvidos no caso. Por isso ele não foi indiciado pelo crime e nem denunciado pela Justiça Federal.

Confira a nota completa:

A Polícia Federal em Pernambuco, tendo em vista a fuga do investigado JOSÉ IVANILSON DIAS GOMES, casado, 29 anos, natural de Santo Antonio/RN, da Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira Nóbrega, “Pereirão” em Caicó/RN na madrugada do dia 14/07, juntamente com mais 15 presos, através de um túnel de aproximadamente 30 metros de extensão, escavado sobre um terreno rochoso, INFORMA QUE: a prisão dele dentro das investigações que apurou a morte do Promotor de Justiça de Itaíba Thiago Farias, ocorreu no dia 06.12.2014, no município de Parnamirim/RN, por volta das 23:30h, em virtude do cumprimento de Mandado de Prisão Temporária expedido pela 36ª Vara Federal e durante as investigações ficou constatado que ele não teve participação na morte do Promotor de Itaíba e nem conhecia os demais envolvidos no caso! Por isso ele não foi indiciado pelo crime envolvendo o Promotor e muito menos denunciado pela Justiça Federal! Acredita-se que ele estava utilizando uma identidade falsa com os dados do Promotor, para não ser identificado em blitz policiais por estar envolvido numa série de assaltos e crimes contra o patrimônio! Os crimes que estava respondendo no Rio Grande do Norte dizia respeito aos assaltos que realizou à agência dos correios/RN, uso de documento falso e porte ilegal de arma de fogo! Dessa forma a notícia de que um dos foragidos do Presídio do Rio Grande do Norte seria envolvido na morte do Promotor THIAGO FARIAS não procede!

RELEMBRE O CASO:

JOSÉ IVANILSON passou a ser alvo das investigações após ter sido detectado como suspeito de um assalto aos correios no Rio Grande do Norte, utilizando um documento de identidade falso com os dados qualificativos do Promotor de Justiça, THIAGO FARIAS SOARES em maio/2014. A prisão foi realizada por policiais federais de Recife e do Rio Grande do Norte, e aconteceu quando o suspeito estava no bar de sua mãe em Parnapirim/RN, após ter passado por uma revista pessoal os federais encontraram em seu poder uma arma de fogo (revólver) calibre 38. O flagrante foi lavrado na Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Norte onde o suspeito foi autuado por porte ilegal de arma de fogo de calibre permitido e uso de documento falso (pena caso seja condenado: 2 a 12 anos de reclusão) e no dia seguinte à equipe deslocou-se para a residência de sua mãe onde foi feita uma busca domiciliar onde foram encontrados 03 (três) aparelhos celulares.

JOSÉ IVANILSON na época foi trazido para a sede da Polícia Federal em Pernambuco por volta das 18h e após ter sido ouvido em inquérito policial pelo Delegado responsável pelas investigações Alexandre Alves foi levado, às 19:30h para o IML- Instituto de Medicina Legal fazer exame de corpo de delito e depois recambiado para o COTEL – Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna onde ficou à disposição da Justiça Federal e logo em seguida foi transferido para Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira Nóbrega, “Pereirão” em Caicó/RN . As investigações correm sob segredo de justiça, sendo assim, não poderá ser dado nenhum esclarecimento sob o teor do seu depoimento.

MORTE DO PROMOTOR

O promotor THIAGO FARIA SOARES estava acompanhado da noiva, MYSHEVA MARTINS, e do tio dela, quando dirigia pela PE-300, no município de Itaíba, no dia 14 de outubro de 2013. Segundo simulação ocorrida em 23 de dezembro, os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás desse veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio escaparam ilesos.

As investigações deixaram claro que a motivação para a morte acontecer em virtude de uma discórdia sobre a posse da Fazenda Nova, que fica em Águas Belas, também no Agreste. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, o posseiro das terras, teve de deixar o local depois de uma ação judicial. Por causa de uma dívida trabalhista na Justiça Federal, Mysheva Martins conseguiu comprar a sede da fazenda. Nesse processo, ela teria recebido ajuda do noivo, o promotor Thiago Faria. Na desapropriação, ele esteve na fazenda com um oficial de Justiça. Irritado com o caso, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, segundo a polícia, teria encomendado a execução do promotor ao cunhado, Edmacy Cruz Ubirajara, que esteve preso e foi solto no dia 18 de dezembro.

Recife/PE, 15 de julho de 2016

Comunicação Social SR/DPF/PE