SISTEMA PRISIONAL

Penitenciária de Caruaru faz levantamento de prejuízos materiais

No último sábado (23), uma rebelião na Penitenciária de Caruaru Juiz Plácido de Souza deixou seis mortos e onze detentos feridos

Rádio Jornal
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Publicado em 25/07/2016 às 6:42
Presos queimaram pavilhões
Foto: Divulgação


Nesta segunda-feira (25), após rebelião que deixou seis mortos e 11 feridos, o trabalho dentro da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, será de fazer o levantamento dos prejuízos materiais.

Vinte e quatro reeducandos foram transferidos para outras unidades do sistema nesse domingo (24) como medida preventiva. Entre eles, Rogério de Souza do Nascimento, o “Rogério Louco”, condenado por homicídio em Carpina. Ele, que agora está no Presídio de Limoeiro, é acusado de praticar maus tratos contra outros detentos.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco negociou diretamente com os presos o fim da rebelião. O representante do governo estadual reconhece a superlotação nas celas e alega que o quadro é realidade em outras cadeias pelo país.

Pedro Eurico endurece o discurso e diz que grupos paralelos não podem ditar as leis na penitenciária:

Para os agentes penitenciários, a rebelião na Penitenciária de Caruaru reflete o efetivo reduzido. Eram, no máximo, sete homens para conter mais de mil homens no início da confusão neste final de semana.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco explica que a brecha facilita, por exemplo, o tráfico de drogas nas celas. João carvalho diz que com os chaveiros, o sistema prisional em Pernambuco é um barril de pólvora o tempo todo.

“Isso é a omissão do Estado de colocar efetivo. Não existe segurança pública sem a presença do Estado. A presença dos chaveiros que começam a controlar os presos dentro da unidade prisional dificulta muito mais o trabalho dos agentes penitenciários”, denuncia.