Os familiares e amigos de Beatriz Mota protestam no fórum de Petrolina, mas caso completa oito meses cercado de mistério. A menina de sete anos foi assassinada com mais de 40 facadas e o corpo encontrado numa sala desativada de uma escola.
O homicídio ocorreu durante uma festa de formatura na quadra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. A instituição de ensino particular, uma das mais tradicionais da cidade, faz parte da ordem religiosa dos Salesianos.
No protesto dessa quarta-feira (10), os manifestantes colocaram correntes e cadeados nas grades do fórum do município.
Deniliria Cavalcanti, do movimento somos todos Beatriz diz que já passou da hora de resolver o mistério:
Para elucidar o crime, a Polícia Civil de Pernambuco disponibilizou delegados, peritos e pessoal de apoio. Apesar dos esforços, ninguém foi preso e o sentimento de impunidade aumenta ainda mais a dor dos pais da menina.
Até a Secretaria de Segurança Pública da Bahia se comprometeu a ceder equipes e infraestrutura para auxiliar as investigações. O Ministério Público de Pernambuco designou uma força tarefa de promotores com o intuito de atuar junto aos policiais.
Já o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora contratou o perito criminal George Sanguinetti para atuar no caso. A sociedade civil organizada em Petrolina criou grupos inclusive nas redes sociais para cobrar justiça.
Como o inquérito permanece em sigilo por ordem judicial, são várias as especulações sobre o assassinato de Beatriz Mota.
O juiz Francisco Josafá reconhece que não há muito o que fazer – a responsabilidade neste momento é da polícia: