VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO

"Ele pode ter emprestado o carro", diz advogado sobre multas de motorista que atropelou casal de amigos

Pedro Henrique Machado Villacorta apresentava sinais de embriaguez quando, no sábado, perdeu o controle do carro e matou casal de amigos em Boa Viagem

Rádio Jornal
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Publicado em 17/08/2016 às 14:58
Foto: JC Imagem

Pedro Henrique Machado Villacorta, de 28 anos, condutor do veículo que atropelou e matou Isabela Cristina Lima, de 26 anos, e Adriano Francisco dos Santos, 19, só deve prestar esclarecimentos em juízo. De acordo com o advogado do empresário, Emerson Leonidas, se apresentou na Delegacia de Delitos de Trânsito nesta quarta-feira (17), apenas para assinar documentações.

O advogado confirmou que era Pedro quem dirigia na noite de sábado o carro de marca Renout Sandeiro, na Avenida Desembargador José Neves, no bairro de Boa Viagem, quando o veículo, em alta velocidade, atingiu os jovens.

O delegado Newson Motta é o responsável pela investigação. Ele conversou com o repórter Erick França, na tarde desta quarta-feira, e disse que a autoria já está mais do que clara. Ele está colhendo depoimentos de testemunhas. “Os depoimentos estão sendo bastante proveitosos", disse.

Segundo Newson Motta, o histórico de multas do condutor disse que é importante para as investigações. "Através dele a gente pode confirmar e constatar a irresponsabilidade dele no âmbito da condução do veículo", destacou o delegado.

Confira os detalhes:

O advogado Emerson Leonidas fala sobre as 32 multas por diversas infrações no trânsito que Pedro acumula no prontuário do Detran. “Não significa que tenha sido ele o autor. Ele pode ter emprestado o carro ou o carro pode ser o carro da família, né?”, defendeu. “Se ele tinha essa quantidade de multas deveria mais nem estar com a carteira de habilitação. Já deveria estar na escola”, comentou o advogado.

Confira os detalhes na reportagem de Clarissa Siqueira:

A morte de Isabela e de Adriano, revoltou a comunidade Entra Apulso, onde eles residiam, porque, de acordo com testemunhas, o condutor do veículo estaria alcoolizado e a polícia teria tratado o caso de maneira negligenciada. Seis pessoas já foram ouvidas pela polícia civil na investigação. Uma dessas pessoas é um morador da comunidade que não quer ser identificado, ele foi o primeiro a chegar no local depois do atropelamento.