JULGAMENTO

Primeira testemunha de acusação do impeachment é rebaixada a informante

Defesa da presidente Dilma Rousseff entrou com requerimento afirmando que Julio de Oliveira se manifestou a favor do impeachment nas redes sociais antes do julgamento

Rádio Jornal
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Publicado em 25/08/2016 às 16:09
Julio de Oliveira foi rebaixado a informante após defesa de Dilma apresentar requerimento
mostrando publicações de apoio ao impeachment na rede social do procurador
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


A sessão de julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff estava marcada para começar às 9h, mas teve início por volta das 10h desta quinta-feira (25). Iniciado o procedo, foram três horas de discussões sem que o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Julio Marcelo de Oliveira fosse ouvido.

Marcelo foi rebaixado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que está presidindo o julgamento, de testemunha de acusação para informante. Ele deveria ter sido ouvido hoje. A diferença de testemunha para informante é que a testemunha tem que dizer a verdade e todas as informações dela valem como prova. Já o informante deve prestar depoimento, mas o relatório com as informações que ele prestar vão fazer parte do processo final, mas não valem como prova.

Essa decisão tomada pelo ministro foi adotada depois que a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff entrou com um requerimento dizendo que Julio de Oliveira se manifestou antes do julgamento numa rede social apoiando o impeachment.

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Como ainda há seis testemunhas da defesa que prestarão depoimento ao longo desse julgamento, possivelmente, nesta sexta e no sábado, os integrantes da ala governista (contrários à presidente Dilma Rousseff) já estão apresentando requerimentos também para rebaixar as testemunhas de defesa que foram elencadas pelo advogado José Eduardo Cardoso.

Romoaldo de Souza tem informações:

Pela manhã, o ministro Ricardo Lewandowski, que está presidindo o julgamento, teve que suspender a sessão por cinco minutos após confusão entre os senadores.

O ministro Lewandowski precisou parar a sessão após confusão entre senadores

No meio do tumulto, a senadora Gleise Hoffman (PT) disse que metade dos senadores não tinha moral para julgar a presidenta Dilma Rousseff. Ronaldo Caiado (DEM) falou fora do microfone que pelo menos não era assaltante de aposentados, fazendo referência a Paulo Bernardo, casado com a Hoffman.

O senador Humberto Costa (PT) defendeu a senadora petista. “Não vi agressividade partindo de ambos os lados. Vi numa determinada situação um senador da base do governo ser agressivo e fazer acusações duras em relação a senadora Gleise”, disse.

Confira os detalhes na reportagem de Igor Maciel:

Num jantar ontem na casa de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros (PMDB) insinuou ao presidente interino Michel Temer que para apressar esse processo todo ele pode convocar sessões durante o fim de semana. No entanto, ele não tem voz de poder. Calheiros é só mais um senador, já que quem preside o julgamento é Lewandowski, presidente do STF.

Humberto disse que nesse momento o que Renan está fazendo é tentando agradar o presidente interino Michel Temer.

Confira informações no flash de Romoaldo de Souza:

Veja vídeo da jurista Janaína Paschoal, responsável por protocolar o pedido de impeachment da presidente: