A Polícia Civil de Pernambuco concluiu que o empresário Paulo César Barros Morato, de 47 anos, cometeu suicídio no Motel Ti Ti Ti, no bairro de Peixinhos, em Olinda. O corpo dele foi encontrado no dia 22 de junho pelos profissionais do estabelecimento.
Um dia antes da morte de Paulo César Morato, a Polícia Federal havia deflagrado a Operação Turbulência. Um mandado de prisão foi expedido contra o empresário.
Morato era investigado pela Polícia Federal por ser responsável por uma das empresas fantasmas responsáveis pela compra da aeronave usada pelo ex-governador Eduardo Campos durante a campanha presidencial de 2014.
A delegada Gleide Ângelo ficou responsável pelas investigações. “Nós conversamos com todas as pessoas que falaram com ele no dia e todos os amigos disseram que notaram ele aperreado”, explicou Gleide. “Ele dizia ‘eu tenho que fugir. Eu não posso falar’”, relatou a delegada.
Confira os detalhes na reportagem de Erick França:
Segundo a delegada, no dia 3 de março de 2015 Morato tentou contra a própria vida por conta de problemas financeiros. “Quando saiu o mandado de prisão da Justiça Federal então o desespero dele foi grande. Num ato desequilibrado de uma pessoa já emocionalmente abalada. Ele tinha muita doença”, destacou a delegada.
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A perita Vanja Coelho afirma que Paulo César tomou chumbinho para se matar.
De acordo com a perícia feita pela Polícia Federal nos sete pendrives encontrados no quarto do motel, só haviam músicas nos dispositivos.
O inquérito que tem mais de 500 páginas será remetido nesta quarta-feira ao Ministério Público de Pernambuco.