FRAUDE

Quadrilha especializada em aposentadorias falsas deixa rombo de R$ 11 milhões no Grande Recife

A quadrilha contava com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do gerente da agência do INSS do Cabo para conceder as aposentadorias falsas.

Rádio Jornal
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Publicado em 12/09/2016 às 9:45
Foto: Divulgação/Polícia Federal


Na manhã desta segunda-feira (12), a Polícia Federal em Pernambuco deflagrou a “Operação Manager” para desarticular organizações criminosas especializadas em concessão de aposentadorias rurais falsas. A prática fraudulenta utilizava moradores no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, e contava com o auxílio membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade.

Os associados ao sindicato conseguiam obter aposentadorias falsas na Agência da Previdência Social do INSS de São Lourenço da Mata, também no Grande Recife, contando com apoio do gerente da agência. Estima-se um prejuízo financeiro na ordem de R$ 632 mil por mês, com prejuízo total é estimado em R$ 11 milhões aos cofres públicos.

A ação foi realizada por cerca de 60 policiais federais, três técnicos do INSS. Eles estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva, sendo um deles em Boa Viagem, no Recife, e outro em Jaboatão dos Guararapes. Outros seis mandados de busca e apreensão são cumpridos no Cabo de Santo Agostinho, no Recife, em Jaboatão dos Guararapes e em São Lourenço da Mata. A PF também está cumprindo quatro mandados de condução coercitiva no Cabo e em Jaboatão.

INVESTIGAÇÕES

As investigações tiveram início no ano de 2015 que descobriu um grande esquema de concessão irregular de diversos benefícios previdenciários a pessoas residentes no Cabo. PO esquema era integrado pelo do gerente da Agência da Previdência Social do INSS de São Lourenço da Mata, com a intermediação de funcionários e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, responsáveis por providenciar a documentação falsa.

Uma vez concedidas as aposentadorias falsas, os beneficiários eram obrigados a fazer empréstimos consignados e repassar a maior parte deste valor para os membros da quadrilha. Os empréstimos consignados eram feitos com auxílio de um correspondente bancário.

Empregados e pessoas de confiança do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo de Agostinho, também participavam do esquema criminoso, aliciando trabalhadores que não faziam tinham direito aos benefícios e providenciando a documentação falsa.