A história da operadora de telemarketing Anair Santos, de 27 anos, é parecida com o drama vivido por outras mulheres todos os dias. Cansada de ser agredida, resolveu procurar a polícia e pedir uma medida protetiva baseada na lei maria da penha.
No entanto, a paz tão sonhada esbarra na demora da Justiça na colocação da tornozeleira eletrônica no acusado. A operadora de telermarketing lembra que chegou a dormir na Delegacia da Mulher temendo o pior.
Só que agora ele tem que conviver com as ameaças do ex-marido que não aceita o fim do relacionamento. Nesta quinta-feira, Anair vai estar na terceira Vara da Mulher da Capital, o Fórum do Recife em busca de respostas.
VIOLÊNCIA DENTRO DE CASA
Anair Santos relembra o sofrimento de quem vivia sendo agredida fisicamente e chegou a dormir na delegacia para que o agressor fosse preso. “Eu passei a vida vendo minha mãe apanhar do meu pai e eu não queria aquilo para os meus filhos”, explica. “Eu já tinha sido ameaçada de todas as formas possíveis e a Justiça não fazia nada. Foi quando eu disse que só saia da delegacia quando ele fosse preso”, completa.