ENTREVISTA

"Não há milagre em educação, é preciso paciência", diz Marcos Magalhães

Responsável pela criação e implantação do modelo de escola em Tempo Integral em PE diz que esse é o caminho pra melhorar educação do país

Rádio Jornal
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Publicado em 23/09/2016 às 10:03
Marcos é presidente do ICE Brasil. Foto: Reprodução


Em entrevista à Rádio Jornal nesta sexta-feira (23), o presidente do Instituto de Co-responsabilidade pela Educação, Marcos Magalhães, responsável pela criação e implantação do modelo de escola de Ensino Médio em Tempo Integral em Pernambuco, comentou o proposta de reforma do ensino médio no Brasil apresentada pelo Ministério da Educação nessa quinta-feira, em Brasília. Marcos defende que a reforma é necessária para resolver o desafio educacional que essa fase do curriculo representa.

"O ensino médio tem sido um enorme desafio para o Brasil. A cada ano temos 3 milhões de alunos matriculados no Ensino Médio e só metade chega a concluir. É facil de concluir que há algo equivocado no sistema. Isso que iniciamos com essa proposta de reforma é o começo de um divisor de águas. Começamos o início do resgate do jovem brasileiro e Pernambuco é modelo", defendeu. Ouça aqui a entrevista conduzida pelo âncora Wagner Gomes e os jornalistas Jamildo Melo, Romoaldo de Souza e Mirela Martins:

Marcos avalia que o modelo de ensino médio brasileiro hoje é "arcaico" e com ele atualmente apenas 19% dos estudantes dominam a língua portuguesa e só 9% a matemática. "Isso é uma calamidade", conclui. O presidente explica ainda que o país precisa se adequar ao modelo de ensino médio de principais paises do mundo e que essa reforma será o começo disso e que o ensino integral é o caminho.

O presidente conclui avaliando que todo o retorno dessa modificação no Ensino Médio brasileiro só virá a longo prazo e resume: "Educação se faz com quatro pês: Professor, Pedagogo, Pai e Paciência".

MEC

Em complemento ao assunto o ministro da educação Mendonça Filho também concedeu entrevista ao Passando a Limpo e explicou que nessa reforma haverá uma base nacional curricurlar que será homologada pelo Conselho Nacinal de Educação e definirá os conteúdos e disciplinas que terão que ser cumpridas obrigatoriamente até meados do proximo ano. Já a parte diferenciada dos currículos vai obedecer aos sistemas de educação de cada rede estadual, com sua autonomia. Ouça aqui a entrevista com Mendonça: