A abertura da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos aconteceu na manhã desta terça-feira (27) no Memorial da Medicina de Pernambuco, que fica no bairro do Derby, área central do Recife, e foi marcada pela homenagem aos familiares de doadores. A cerimônia também lembrou as instituições parceiras da central de transplantes.
A coordenadora de Descentralização da Central de Transplantes de Pernambuco, Domani Cavalcanti, conversou com o repórter Rafael Carneiro sobre os mitos que envolvem a doação, em especial, sobre como o corpo fica após a retirada dos órgãos. “O corpo é entregue à família com o mesmo aspecto que tinha antes. É feita uma cirurgia para a retirada do órgão e fica só a cicatriz”, diz.
Nesta quarta-feira (28), a Associação Médica de Pernambuco, na Boa Vista, recebe o quarto simpósio de doação e transplantes. No dia seguinte, hospitais da rede pública promovem ações educativas com os pacientes e profissionais de saúde.
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
O estado ocupa o primeiro lugar no ranking no Norte/Nordeste de procedimentos com rim e pâncreas. Porém, no comparativo com o ano passado, há uma queda de 15% no número de doações.
Atualmente, 1.230 pessoas estão na fila de espera por um transplante no Estado. A campanha deste ano pretende sensibilizar outras famílias a serem doadoras. Em Pernambuco, 47% das famílias negam a doação.
A gerente da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e tecidos para transplante do Hospitar Miguel Arraes, Enirlei Penalva, afirma que é importante conversar com a família sobre a vontade de doar. “No momento do falecimento, sempre pergunto se o paciente, em vida, dizia que queria ser doador. A decisão final é sempre da família”, diz