O sargento da Polícia Militar Miguel Furtado de Souza, de 51 anos, acusado de assassinar o adolescente Marcelo Laureano Gomes Filho em junho do ano passado, não participou da reconstituição do crime na noite desta quarta-feira (5), em Escada. Miguel atuava na Companhia Independente de Operações na Caatinga (CIOSAC) e foi afastado das atividades após ser acusado de disparar um tiro de fuzil contra o adolescente, que tinha 16 anos.
Segundo informações, o adolescente dirigia o carro do pai, onde estava com o irmão e mais dois amigos. Ao passar pelos policiais, recebeu a ordem de parar, e diante da negativa, foi atingido com um tiro na cabeça. De acordo com familiares, Marcelo não tinha habilitação e ficou assustado com a chegada dos PMs. O crime aconteceu na Rua Comendador José Pereira, em Escada. Guilherme de Oliveira Gomes, irmão da vítima, continua abalado com a violência:
ACUSADO NÃO INFORMOU MOTIVO DE NÃO COMPARECIMENTO
A reprodução simulada desta quarta-feira (5) foi solicitada pelo juiz e o promotor do processo. A equipe da Polícia Civil refez o cenário do fato a partir de depoimentos de testemunhas e do acusado, que não participou do evento nem informou o motivo da ausência. Mesmo assim, a Polícia realizou a reconstituição e o resultado será conhecido em dez dias. Para a delegada Gleide Ângelo, responsável pelo caso, o relato de tropeço do PM para ocorrer o disparo do fuzil não se sustenta:
O perito do Instituto de Criminalistica, Gilmario Lima, preferiu não antecipar as conclusões:
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