O julgamento dos acusados pela morte no promotor do Ministério Público de Pernambuco Thiago Faria Soares, que trabalhava em Itaíba quando foi morto, chega nesta terça-feira (25) ao segundo dia. Durante a manhã, a Juíza ouvirá uma testemunha de acusaçã e dará início nos depoimentos das cinco testemunhas por parte da defesa. Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro:
Nesta terça, Cláudia Tenório Freire de Melo é tia de Mysheva Martins, que era noiva de Thiago Faria, e presta depoimento como parte da estratégia da acusação dos acusados. Do lado da defesa, cinco pessoas serão ouvidas, sendo quatro convocadas pelos advogados dos réu Adeildo Ferreira dos Santos e outra convidada pelo réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, acusado de ser o mandante do crime.
O advogado da família de Thiago farias, André Luiz canuto, afirma que o ponto alto do júri nesta terça será a apresentação do estudo tridimensional das perícias. "Contra fatos, não há argumentos e ali não há argumento algum que omita aqueles fatos", disse.
ACUSADOS
Cinco pessoas são acusadas de planejar e matar o então promotor do Ministério Público. José Maria Rosendo Barbosa, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O advogado do quarto acusado, José Maria Domingos Cavalcanti, não se apresentou perante o júri e nem se justificou e foi desmembrado deste julgamento. Neste caso, o réu só será julgado no dia 12 de dezembro.
O quinto acusado, Antônio Cavalcanti Filho, está foragido, e por isso também foi desmembrado. O resultado final está previsto para a próxima quinta-feira (27).
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Confira o balanço do primeiro dia de julgamento dos acusados do caso Thiago Faria Soares no Flash de Marcela Maranhão:
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Entenda o Caso
Thiago Farias foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, quando seguia de Águas Belas para o município de Itaíba, no Agreste do Estado. O promotor foi atingido por quatro disparos de uma arma calibre doze após ser perseguido por outro carro. De acordo com a Polícia Civil o motivo da emboscada foi seria o de disputas de terras.
A primeira audiência do caso aconteceu no dia 27 de março de 2015, quando quatro dos cinco réus foram interrogados. No dia, o fazendeiro, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como “Zé Maria de Mané Pedo”, que é apontado como o mandante do crime, chegou a acusar a noiva do promotor de ter envolvimento na morte. Ela e o tio, Adautivo Elias Martins são testemunhas e também sobreviventes do ocorrido.