BRASÍLIA

Cármen Lucia nega que julgamento de ação tenha relação com desavença com Renan

A ministra Cármen Lucia marcou para o dia 3 de novembro o julgamento da ação que tornará inconstitucional quem esteja em linha sucessória alguém que é réu em julgamento

Rádio Jornal
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Publicado em 26/10/2016 às 14:43
Foto: Agência Brasil


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lucia, negou na tarde desta quarta-feira (26) que tenha pautado o julgamento para o dia 3 de novembro da ação que vai tornar inconstitucional quem esteja em linha sucessória alguém que é réu em julgamento por conta das rusgas dela com Renan Calheiros.

Já o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, disse que não acredita que o STF possa baixar o nível e julgar um processo como esse só porque ele divergiu de uma ação de um juiz de primeira instância.

O plenário do STF vai analisar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que foi apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade, que argumenta que o presidente da República não pode, no exercício das suas funções, responder a ações penais por crimes comuns.

No Congresso Nacional, o presidente do Senado afirmou que vai continuar criticando a ação do juiz de primeira instância que mandou prender equipamentos, dirigentes da polícia legislativa e apreender equipamentos que suspostamente estavam sendo utilizados para neutralizar grampos da Polícia Federal com autorização da Justiça contra políticos investigados na Operação Lava Jato.

Confira outros detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza:

Desavença entre Renan e a ministra

Renan Calheiros chegou a chamar o juiz Vallisney de Souza Oliveira de “juizeco”. Já a ministra Cármen Lucia, que também é presidente do Conselho Nacional de Justiça, afirmou que toda vez que um juiz, seja ele de primeira instância, de um tribunal intermediário ou até de um tribunal superior, é atacado na sua honra ela própria se sente atacada.

Calheiros afirmou que não teme qualquer tipo de julgamento e que até hoje não há qualquer prova de envolvimento dele com qualquer processo que esteja sendo analisado no STF.