ENTREVISTA

Prova do Enem que for cancelada por conta de ocupações pode passar para dezembro

Segundo Ministro da Educação, Mendonça Filho, é possível que nova prova para os alunos prejudicados seja realizada no início de dezembro, data em que exame é aplicado para detentos

Rádio Jornal
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Publicado em 01/11/2016 às 9:56
Foto: Arquivo/JC imagem


Em todo o País, cerca de 2% dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que estiverem ocupados por manifestantes, terão as provas canceladas e repassadas para uma nova data. Em entrevista ao quadro Passando a Limpo da Rádio Jornal desta terça-feira (1º) o Ministro da Educação, Mendonça Filho, adiantou que é possível que os estudantes prejudicados realizem o Exame na mesma data que a prova é aplicada para pessoas que estão em hospitais e estudantes privados de liberdade, que é prevista para 6 e 7 de dezembro.

"Essa foi uma das possibildiades levantadas, essa segunda prova ja está elaborada, com o mesmo nivel de dificuldade e equivalência. A data nós vamos fixar logo mais em reunião no início da tarde. O Inep deve divulgar onde não ocorrerá a aplicação do exame e remarcar a prova para o início de dezembro", diz ministro. Ouça aqui a entrevista completa:

A lista dos locais de prova que terão o exame cancelado e a data oficial do novo exame vai ser divulgada em coletiva de imprensa às 14h, no horário local. Segundo o ministro, são cerca de 300 escolas com ocupações e 80% delas estão no estado do Paraná. Ocupações ocorrem em forma de protesto contra a PEC do teto dos gastos, que limita os gastos do Governo Federal pelos próximos 20 anos, e parte delas contra a proposta de reforma do Ensino Médio.

Em Pernambuco, 17 locais de prova estavam estavam ocuados até a manhã desta terça. Mais de 15 mil candidatos podem ser atingidos pelo cancelamento.

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Mendonça voltou a dizer que não impede os protestos, pedir o bom senso dos manifestantes e alegar que há interesses políticos por trás das manifestações. "Quero dizer que respeito democraticamente qualquer proteso, agora o direito de protesto não pode impedir as pessaos de ir e vir e muito menos de estudar, que é um direito constitucional extremanete relevante. Agora alguns grupos estão utilizando desse movimento contra PEC 241 - que não interfere na educação - para manter uma bandeira acesa de uma minoria que inclusive foi derrotada nessas eleições" e confima "a gente não vai adotar nenhuma medida de força, apenas de bom senso pra permitir que outros estudem e tenham liberdade".

SOBRE O POSICIONAMENTO DE REITORES

Questionado especificamente sobre os prédios de instituições federais que estão ocupados por protestos, especialmente as Universidades Federais e se cobraria dos reitores, Mendonça lembra que as reitorias são definidas a partir da chamada autonomia universitária e eleitos pela própria comunidade universitária. "Eu sei que cada um tem a sua responsabilidade, inclusive de preservação do espaço público e da integridade das pessoas. Cada reitor tem ciência da sua responsailidade legal, de sua autonomia e sua missão a cumprir, como o acesso ao direito da educação. Com relação à manifestação política de algum reitor, a gente respeita, só pedimos que isso não interfira na sua missão de dirigente universitário. Agora quem cobra isso é a propria Advocacia Geral da União (AGU), pra que tudo ocorra dentro da base legal".