Mendonça chama de "deplorável" uso de crianças em protesto contra PEC

Ministro da Educação também garante "equivalência" na realização do Enem em duas datas
Rádio Jornal
Publicado em 04/11/2016 às 10:27


Em entrevista ao quadro Passando a Limpo desta sexta-feira (04) o Ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) fez veementes críticas ao caso publicado pela revista Veja, que traz fotos de crianças segurando cartazes em protesto contra a PEC 241, que limita o teto dos gastos pelos próximos 20 anos. Segundo reportagem caso teria ocorrido em escola da rede estual de pernambuco. Mendonça avalia como deplorável e questiona postura da professora que teria publicado as fotos. "Eu acho deplorável, inaceitável que isso possa acontecer. Usam crianças indefesas, algumas delas quase que em processo de alfabetização ainda, tendo que fazer musiquinha contra PEC 241 e contra Temer, transformam a escola num comitê político partidário ideológico".

Ouça aqui a entrevista completa:

Foto: Reprodução / Replicada da revista Veja

Mendonça fala ainda de punições e diz que "cabe ao Ministério público exercer o dever de orgão de fiscalização e se for comprovado o que esta sendo mostrado pelos dados e pela foto, que as medidas legais sejam adotadas. Não dá pra manipular criancas e usar delas como se fosse um partido político". Ao comentar a postura da professora citada na matéria, conhecida como "Pretinha Truká", o ministro da educação rebate: "isso é reflexo de uma pessoa que não tem nenhum preparo. Eu acho um desrespeito absurdo. Qualquer entidade internacional, Unesco, ONU, há de concordar que isso é uma coisa inadmissível e inaceitável", conclui.

Foto: Reprodução


ENEM

Apesar de dizer que defende o direito de estudantes protestarem "contra qualquer governo", ao se referir aos manifestantes que ocupam universidades e institutos federais em todo o país, o ministro questiona o envolvimento de partidos políticos em tais manifestações. "Eu lamento que tenha o patrocínio de PT, Psol, PCdoB e organizações como Ubes e Une que incentivam os alunos a continuarem com esse tipo de prática" e acrescenta "você não pode ter um aluno que a partir de sua posição de intolerância e intransigência impede outro aluno de fazer uma prova do Enem".

Leia também: Justiça Federal nega pedido de Ministério Público para adiar Enem

Mendonça assegura que a realização da segunda prova do exame em dezembro será equivalente e que estudantes não precisam se preocupar. "Neste fim de semana 98% dos estudantes farão a prova e 191 mil ficarão pra dezembro. Organizar o Enem para em torno de 200 mil será muito mais fácil e terá todos os critérios de segurança, reafirmamos que a prova será equivalente ".

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