Servidores públicos estaduais se reuniram em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, para pedir a atualização da tabela de salários, entre 5 e 6%, e também o aumento do vale-alimentação, que atualmente é de R$ 9, para R$ 14,70. Nesta sexta-feira (4), algumas categorias paralisaram as atividades, com faixas, cartazes e equipamentos de som, para tentar chamar a atenção do governo.
» Secretário diz que Pernambuco ainda não tem dinheiro para pagar o 13º
Cerca de 150 servidores ocuparam o perímetro ao redor do Palácio. Entre eles, estavam funcionários da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe). Além da paralisação, eles estão em estado de greve e podem decretar oficialmente greve, em assembleia a ser realizada ainda nesta sexta.
Maria Elenilda Simeão é concursada há 33 na Jucepe e pede respeito. "O governo não recebe nem o sindicato, nem a categoria. Há mais de 300 dias tentamos negociar, mas eles não querem. Nossa categoria é pequena, mas como a Junta Comercial é um órgão muito importante para a classe empresarial, estamos paralisados desde o dia 20 de outubro. É uma injustiça a desvalorização do funcionário público", disse.
SAD
Em entrevista à Rádio Jornal o secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho, admitiu que o Estado ainda não reuniu dinheiro suficiente para pagar o 13º salário dos servidores estaduais. "Nós não estamos ainda com todos os recursos garantidos para o pagamento do 13º desse ano. São mais de R$ 2 bilhões que precisamos ter para pagar até o fim do ano e esse esforço ainda está sendo feito", disse.