A morte da jovem Ariadne Wojcik, 25 anos, estudante de Direito da Universidade de Brasília, causou comoção nas redes sociais após postar uma carta no Facebook, denunciando assédio por parte de um superior no escritório de advocacia onde trabalhava. No conteúdo do post, ela diz que era perseguida pelo professor e chefe e que não aguentou ser perseguida por um homem psicopata. Sobre os supostos "amores psicopatas", a comunicadora Clarissa Siqueia entrevistou os psicólogos Sylvio Ferreira e Carlan Pacheco, no programa Comportamento desse domingo (13).
Para Sylvio Ferreira, psicopatas não amam. Ele explica que o que que um psicopata sente por alguém é, na verdade, uma necessidade. "É muito diferente da capacidade afetiva. Eles põem alguém em suas vidas na dimensão de um objeto, com o propósito de fazer com que esse objeto seja da sua vontade. Ele tolhe dessa pessoa a possibilidade dela se construir na relação como sujeito, com vontade própria. É como se, para ele, cabesse à pessoa obedecer e se comportar de acordo com seus parâmetros", disse. Ou seja, a preocupação do psicopata é da ordem de dominação.
De acordo com Carlan Pacheco, a ideia de psicopatia da ficção não é a mais acurada. Ele diz que é improvável que um psicopata seja identificado imediatamente, aos primeiros contatos, e que cruzamos com psicopatas no cotidiano. "Eles se utilizam de estratégias comportamentais que fazem que não seja fácil de identificarmos. Ele não tem sentimentos, mas consegue fingí-los. Eles descobrem coisas sobre as pessoas e utilizam".
COMPORTAMENTO
Ouça abaixo o programa Comportamento na íntegra: