ENTREVISTA

PSB diz que não houve superfaturamento em obra da Arena de Pernambuco

Os integrantes do Partido, Tadeu Alencar, Fernando Bezerra Coelho, Paulo Câmara e Geraldo Júlio ainda não decidiram se vão apresentar defesa conjunta ou individual no Supremo Tribunal Federal

Rádio Jornal
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Publicado em 23/11/2016 às 9:57
Foto: JC Imagem


O PSB ainda não decidiu como vai se defender no Supremo Tribunal Federal (STF) em investigação a respeito de supostas irregularidades apontadas na construção da Arena Pernambuco. São citados nos autos o Deputado Federal Tadeu Alencar, o governador Paulo Câmara, o prefeito do Recife Geraldo Julio e o senador Fernando Bezerra Coelho. O partido não tem definição se defesa vai ser apresentada de maneira conjunta ou individual.

Em entrevista ao quadro Passando a Limpo desta quarta-feira (23) o Deputado Federal Tadeu Alencar defende que não houve superfaturamento na construção do estádio, nem falta de concorrência nos estudos de viabilidade para a realização da obra. Deputado diz estar à vontade para prestar esclarecimentos e alega posição dos demais integrantes do partido citados na investigação. "Estamos convencidos de que seguimos a lei e a defesa do interesse público", declara.

Ouça a seguir a entrevista completa:

Tadeu estuda que a Polícia Federal e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, centram a denúncia em três pontos. Um deles é o de que não teria havido licitação em relação aos estudos preliminares de construção da Arena e que a Odebrecht teria tido vantagens por ter mais tempo pra apresentar seu projeto. O segundo ponto indica que teria havido um suposto superfaturamento de cerca de 42 milhoes de reais, e ainda um terceiro ponto, de que teria havido doações oficiasi a autoridades públicas.

Segundo a explicação do deputado, não houve nenhum favorecimento da Odebrecht pelo fato de ter havido um período do um ano e um mês entre a publicação de ata com a manifestação de interesse da construtora em realizar os estudos preliminares para construção da Arena e a publicação do edital da obra. "Na hora em que você tem essa manifestação de interesse publicada, qualquer empresa poderia ter manifestado interesse em realizar a obra também, com as mesmas condições da Odebrecht. Mas no prazo de um ano e meio não houve isso. Pela legislaçao da época era assim que deveria acontecer", justifica.

Defesa

Questionado sobre como os quatro integrantes do partido devem apresentar a própria defesa, Tadeu diz que grupo ainda está avaliando. "Nós não conversamos ainda, as quatro autoridades estão sendo questionadas como membros de um comitê gestor, mas ainda não sei se vamos fazer a defesa individualmente", conclui.