GOVERNO TEMER

"Geddel já devia ter pedido pra sair", diz novo ministro da Cultura

Roberto Freire diz que presidente Michel Temer não deve ser envolvido em crise criada por Geddel. Ministro defendeu a importância da pasta da Cultura

Rádio Jornal
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Publicado em 25/11/2016 às 10:25
O ministro da Cultura, Roberto Freire, sucesso de Marcelo Calero. Foto: reprodução / internet


O ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS), defendeu a demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB). Para Freire, o ministro, que pediu demissão do cargo na manhã desta sexta-feira (25), demorou a fazer o pedido. Roberto Freire foi entrevistado durante o programa "Passando a Limpo", da Rádio Jornal.

A notícia do pedido de demissão de Geddel Viera Lima chegou na hora da conversa com o Ministro da Cultura. Geddel Vieira Lima ocupava a Secretaria de Governo da gestão Michel Temer (PMDB), desde o início da gestão, em maio, ainda no período da interinidade com o afastamento da então presidente Dilma Rousseff (PT). O principal motivo para a queda do ministro foi a polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, em torno da liberação de um empreendimento de luxo na Bahia. "Geddel já devia ter pedido pra sair antes. Mesmo sendo um assunto privado (caso do empreendimento de luxo), a atividade pública foi preservada pelo Iphan", declarou Freire.

O novo ministro da Cultura também defendeu o presidente Michel Temer e diz que o governo agiu em defesa do interesse público: "Tentar envolver o presidente Temer é equivocado. A posição correta em relação ao Iphan foi tomada", afirmou.

CHEGADA NO MEIO DO "INCÊNDIO"

O pernambucano Roberto Freire foi nomeado ministro da Cultura na semana passada após a demissão de Calero. Após ter defendido a fusão das pastas de Educação e Cultura no início da gestão Temer, Freire agora fala da importância da cultura para o país: "A cultura é quem dá forma, nos dá identidade", frisou. Sobre o momento conturbado da pasta ele fala que não deu "possibilidade alguma de incêndio" e que assumiu e concordou com a postura do Iphan de embargar o empreendimento baiano defendido por Geddel.

Roberto Freire ainda aproveitou para criticar o governo anterior, de Dilma Rousseff e falou em "herança maldita": "Não é fácil, mas vamos superar e vamos avançar", garantiu.