De um lado está o PSOL do outro o PT. O PSOL foi à diretoria da Mesa da Câmara dos Deputados pedir o impeachment contra o presidente Michel Temer, nesta segunda-feira (28). Já o PT vai à Procuradoria Geral da República com requerimento para que sejam apurados possíveis três crimes: concussão, advocacia administrativa e improbidade administrativa.
Concussão é o ato de exigir, ou seja, quando uma autoridade exige vantagens; advocacia administrativa é quando uma autoridade usa a máquina pública para interesses privados; improbidade administrativa é usar de forma errada o cargo público.
Segundo o PT, Temer teria cometido pelos menos esses três temas. O partido afirma que Michel Temer se meteu em assuntos privados envolvendo dois ministros – agora ex-ministros - o ministro da Cultura, Marcelo Carelo e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Geddel comprou um apartamento em Salvador (BA), numa área que depende da liberação do Iphan, um órgão público que está ligado ao Ministério da Cultura. Geddel teria pedido a Carelo para que houvesse a liberação porque o prédio não teria, inicialmente, 31 andares e o apartamento do agora ex-ministro da Secretaria de Governo é no 31º andar.
Os detalhes com Romoaldo de Souza:
O impeachment depende exclusivamente do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). É ele quem dá o pontapé para que o processo comece a correr. E só há duas possibilidades: ser arquivado, que é o mais provável, ou para uma comissão especial.
Já o pedido do PT vai para as mãos do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e ainda precisa da autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do PT, senador Humberto Costa, disse que estava esperançoso e que vai apresentar argumentos robustos para que a Procuradoria Geral da República abra o processo contra Temer.
Já o requerimento do PSOL diz que Temer cometeu crime que não pode cometer uma autoridade séria. Logo, Michel deve ser retirado do cargo.