FRAUDE

Polícia Federal extradita alemão procurado por sonegação fiscal

Paul Lange, de 29 anos, já foi preso duas vezes no Brasil. O alemão foi levado ao país de origem pela polícia local

Rádio Jornal
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Publicado em 30/11/2016 às 8:50
Foto: Divulgação/Polícia Federal


Uma ação conjunta da Polícia federal em Pernambuco, Interpol e Delegacia de Imigração do Brasil realizaram a extradição passiva do web designer alemão Paul Lange, de 29 anos, procurado internacionalmente pelo crime de sonegação fiscal. Os policiais alemães chegaram ao Brasil no dia 24 para levar o estrangeiro. A extradição foi concluída nesta quarta-feira (30). Saiba mais na reportagem de Clarissa Siqueira:

Paul Lange é natural da cidade de Herzberg (Elster), na Alemanha, mas morava no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Ele foi preso duas vezes no Brasil a pedido da Interpol. Na primeira prisão, em 2014, a polícia federal prendeu Paul Lange junto com outro alemão, identificado como Kevin. Nos pertences de Kevin, foram encontrados € 38.235 euros, cerca de R$ 124.000,00 reais em valores na época, que não foram declarados durante a viagem no ticket de informações da Receita Federal.

Em seu interrogatório Kevin informou que não sabia que deveria declarar tais valores ao vir para o Brasil e que conheceu Paul através da internet. A quantia seria para efetuar o pagamento da primeira parcela da compra de um imóvel numa praia do litoral pernambucano oferecida por Paul. Kevin foi preso por falsidade ideológica e Paul teve o primeiro pedido de prisão decretado após a justiça de seu País pedir sua extradição.

Após a validade da prisão de Paul ter vencido, o governo alemão pediu novamente sua prisão. Segundo informações repassadas pelo governo da Alemanha, contam contra Paul três processos de fraudes cujas penas podem chegar a 32 anos de reclusão.

DEFESA

Ao ser preso, Paul afirmou que chegou ao Brasil em agosto de 201. Segundo ele, as acusações que lhe são imputadas pelo governo alemão foi devido ao uso de seus documentos de forma criminosa por uma outra pessoa, cujo nome não foi revelado. As fraudes giram em torno de 250 mil euros, cerca de R$ 1.110,000,00 no preço do câmbio atual.