BRASÍLIA

Com ausência de dois ministros, STF julga liminar que afasta Renan

Ministro do STF, Marco Aurélio, decretou o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado, na última segunda-feira

Rádio Jornal
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Publicado em 07/12/2016 às 16:07
Foto: José Cruz/ Agência Brasil


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, leu durante 47 minutos o relatório que ele preparou justificando essa decisão de afastar Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado justamente porque Renan tornou-se réu no processo em que ele é acusado de peculato, que é quando o servidor público se apropria de recursos públicos em benefício próprio.

Julgamento sobre afastamento de Renan da presidência acontece na tarde desta quarta-feira (7), no Plenário do STF. Na última segunda-feira (6), Marco Aurélio determinou o afastamento imediato de Renan Calheiros.

Marco Aurélio detalhou como foi o que ele chama de calvário do oficial de justiça que primeiro bateu à porta de Renan Calheiros e foi informado por uma assessora de que o presidente do Senado não estava na casa dele, mas era possível ver a silhueta dele.

Confira os detalhes nas reportagens de Romoaldo de Souza:

O mesmo oficial de Justiça relatou que passou quase quatro horas numa antessala no gabinete de Renan para depois ser informado de que o presidente do Senado não receberia a intimação.

Em seguida, depois do relato de Marco Aurélio, foi a vez do advogado Daniel Sarmento, que atua em defesa do partido Rede Sustentabilidade, que foi a legenda que ingressou com o pedido no STF para afastar Renan Calheiros da presidência.

Apenas nove ministros, de 11, vão votar no julgamento da tarde desta quarta-feira (7). O ministro do STF Luiz Barroso não vai votar porque um dos advogados, Daniel Sarmento, trabalha num escritório que já foi de propriedade do ministro. Gilmar Mendes está em viagem ao exterior.