CASO BEATRIZ

O que falta investigar para solucionar o mistério do caso Beatriz?

Quase um ano após o crime, a polícia ainda não identificou o suspeito de assassinar Beatriz

Rádio Jornal
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Publicado em 09/12/2016 às 11:54
Foto: Reprodução / Internet

Já se passaram 364 dias esperando pela resolução de um crime. Os moradores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, lembram com detalhes a noite do dia 10 de dezembro de 2015, o dia em que Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi assassinada com mais de 40 facadas, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, que fica no centro da cidade.

O crime aconteceu durante a formatura da irmã de Beatriz, com quase 3 mil convidados. O corpo da garota estava em uma sala que funcionava como depósito da escola. Para mais detalhes confira a reportagem de Nathália Hermosa:

A falta de câmera em alguns pontos do colégio dificulta as investigações. Beatriz era filha de um professor da escola e participava da festa de formatura na quadra da instituição quando foi assassinada.

» Em entrevista exclusiva, mãe e pai de Beatriz questionam investigação

Uma longa investigação foi feita pela Polícia e vários protestos foram feitos em Petrolina e no Recife, até agora, mas ninguém foi preso. O suspeito de cometer o crime ainda não foi identificado.

Nesta sexta-feira (9), a repórter Natália Hermosa conversou com o apresentador Ciro Bezerra sobre a dor da família e o sentimento de impunidade. Não só a família, mas os moradores de Petrolina cobram justiça.

LINHA DO TEMPO – CASO MENINA BEATRIZ

10/12/2015 – A menina Beatriz Angélica, de 7 anos, é morta à facadas durante festa de formatura no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina.

28/12/2015 – Primeiro protesto em Petrolina cobra resposta da polícia sobre o caso da menina “Beatriz Mota” na praça Maria Auxiliadora, no centro da cidade.

09/01/2016 – Protesto em Petrolina cobra uma solução para o crime. Ato iniciou na ponte presidente Dutra, que liga a cidade pernambucana de Petrolina e Juazeiro, na Bahia, seguindo para Av. Guararapes e Praça Mª Auxiliadora.

15/01/2016 – Disque Denúncia oferece R$ 5 mil reais para quem tiver informações sobre o assassinato de Beatriz.

15/02/2016 – Dique Denúncia dobra valor oferecido para quem tiver informações que levem ao assassino da menina Beatriz.

» Recompensa de até R$ 10 mil por informação do caso Beatriz é reforçada

22/02/2016 – Polícia Civil divulga retrato falado de suspeito de assassinar Beatriz.

23/02/2016 - Ministério da Justiça recebeu ofício com o pedido de atuação da polícia federal nas investigações sobre o assassinato.

10/03/2016 – Sem respostas, pais de Beatriz realizam protesto na praça Maria Auxiliadora, no centro de Petrolina.

29/03/2016 – Delegado Marceone Ferreira Jacinto e o perito do Instituto de Criminalística Gilmário Lima, apontam que a garota não foi morta no antigo depóstio esportivo onde o corpo foi encontrado e que três chaves, para acesso ao local, teriam sumido no mês de novembro. O delegado diz que cinco funcionários da escola podem ter envolvimento com o crime. A instituição de ensino disse que demitiu todos em janeiro.
02/05/2016 – Ministério Público acredita que crime da menina beatriz pode ter motivação religiosa.

10/06/2016 – Ministério Público cria força-tarefa para elucidar caso Beatriz. Seis promotores vão cuidar do caso.

19/07/2016 – Pais da menina vão ao Recife protestar em frente ao Palácio do Campo das Princesas. Eles trouxeram um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas que entregaram ao governador Paulo Câmara.

» Manifestação em Petrolina cobra solução para o Caso Beatriz

» Grupo Somos Todos Beatriz pede esclarecimentos em Petrolina

08/09/2016 - Polícia divulga imagens de suspeito do caso Beatriz. Após analisar câmeras do colégio e de lojas, além da coleta de depoimento de testemunhas, o suspeito seria um homem de pele negra, com cabelo crespos e cacheados, de altura mediana, usando calça jeans e camisa verde.

10/09/2016 – Protesto pede afastamento do delegado Marceone Ferreira do caso Beatriz.

19/11/2016 - Mais uma manifestação de fé em memória da menina Beatriz é realizada em Petrolina, na Concha Acústica.

02/12/2016 - Familiares lançam campanha enigmática nas redes sociais para alertar sociedade sobre o que estaria dificultando solução do crime.

10/12/2016 – Um ano de morte de Beatriz. Família reúne amigos às 19h em frente ao Colégio Maria Auxiliadora, local do crime.

19/11/2016 - Mais uma manifestação de fé em memória de Beatriz é realizada em Petrolina, na Concha Acústica.

02/12/2016 - Familiares lançam campanha enigmática na sredes sociais para alertar sociedade sobre o que estaria dificultando a solução do crime.

10/12/2016 – Um ano da morte de Beatriz. Família se reune com amigos às 19h em frente ao Colégio Maria Auxiliadora, local do crime.