ENTREVISTA

"Se aprovou PEC tem que aprovar reforma da previdência" diz economista

Economista Sergio Buarque defende PEC do Teto dos Gastos e alega que para ser coerente é preciso aprovar também a reforma da previdência

Rádio Jornal
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Publicado em 14/12/2016 às 10:26
Senado aprovou em segundo turno, PEC do Teto dos Gastos Públicos. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil


Claramente a favor da PEC do Teto dos Gastos, aprovada em segundo turno no Senado essa terça-feira (13), o economista Sergio Buarque acredita que aprovação da medida é grande vitória do governo Temer e deverá ser positiva para o país. "Conseguir num ambiente desse de degradação política aprovar uma medida impopular com mais de três quintos é uma virotia importante". O econmista fala em coerência e acredita que a mesma lógica se siga para a aprovação também da reforma da previdência. "Os deputados e senadores que aprovaram a PEC estão agora obrigados a aprovar a reforma da previdência", conclui.

Ouça aqui a entrevista concedida pelo economista ao quadro Passando a Limpo desta quarta-feira (14) ao comunicador Geraldo Freire e os jornalistas Wagner Gomes, Giovani Sandes e Fernando Castilho:


O economista cobra coerência e acredita que se os deputados e senadores não aprovarem a reforma da previdência estarão automaticamente derrubando o ajuste fiscal que a PEC sugere. Sergio critica ainda a dificuldade do Governo Federal em comunicar bem para a população o detalhamento das reformas que pretende realizar e por isso existe tanta resistência às mudanças.

Falha na comunicação

Sérgio Buarque questiona ainda o que ele chama "falhas de comunicação" do governo Temer e acredita que o governo deveria fazer uma campanha para conscientizar a população a respeito da Reforma da Previdência. "O governo é de uma incompetencia muito grande na comunicação. Falta explicar bem qual é a reforma, mas é mais difícil explicar do que jogar uma informação geral como a que está rodando, uma informação simplista. Assim como é mais facil dizer que a PEC do teto dos gastos vai congelar os gastos em educação e saúde. O governo é fraco porque nao explica e nem está mostrando a cara", conclui.