BARBÁRIE

Acusado de empurrar namorada contra ônibus é condenado a 20 anos de prisão

O crime aconteceu em 2014. Maria de Lourdes foi arremessada contra um coletivo após uma discussão com o namorado Ângelo Máximo de Souza

Rádio Jornal
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Publicado em 16/12/2016 às 16:58
Foto: Rafael Carneiro/ Rádio Jornal


O eletricista Ângelo Máximo de Souza, de 36 anos, foi condenado a 20 anos de prisão por matar a namorada, após empurrá-la na frente de um ônibus, na Avenida Recife, na Zona Sul da capital pernambucana.

A sentença foi lida na tarde desta sexta-feira (16), no Fórum Rodolfo Aureliano, onde o julgamento aconteceu. O crime aconteceu em setembro de 2014 e a professora Maria de Lourdes Pereira Duarte, de 49 anos, morreu na hora. Após a condenação, a defesa do réu recorreu da decisão judicial em plenário.

A sessão na Segunda Vara do Tribunal do Júri no Fórum de Joana Bezerra, começou com a acusação do Ministério Público de Pernambuco, nesta sexta-feira (16).

O eletricista industrial era namorado da professora Maria de Lourdes Pereira Duarte, de 48 anos. Os dois tinham uma relação questionada por amigos e familiares. De acordo com a acusação, a vítima caminhava junto ex-namorado, e numa discussão, teria sido empurrada e atropelada por um ônibus da linha Ibura/Santa Luzia, em setembro de 2014.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Antes do fim julgamento

A promotora Dalva Cabral apresentou a conduta ameaçadora e ciumenta do réu Ângelo Máximo de Souza, de 37 anos. “O crime foi bárbaro”, comentou.

Dalva Cabral fala ainda sobre a forma inesperada como o assassinato se deu. “Pela prova que nós temos no processo é possível sim pleitear a coordenação e mais do que possível é justa. A morte a tiros é mais comum. Mas você arremessar a namorada no momento que ela não espera na frente de um coletivo, não se deseja outra coisa senão matar”, destacou a promotora.

Já a defesa de Ângelo Máximo, que respondeu ao processo em liberdade, por se recuperar de tratamento de câncer de pele, apresentou em júri, na tarde desta sexta-feira (16), que não houve a intenção de provocar a morte, como detalhou o defensor público Diogo Gomes.

Os familiares da professora Maria Lourdes, protestaram com faixas, antes do júri popular. Eles aguardam pela condenação do homem julgado por homicídio qualificado, com uso de recurso que impossibilitou a defesa.