INCÊNDIO

Moradores da comunidade Santa Luzia pedem ajuda para reerguer barracos

A comunidade Santa Luzia, na Torre, foi atingido por um segundo incêndio em menos de um ano. Moradores denunciam descaso da Prefeitura do Recife

Rádio Jornal
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Publicado em 26/12/2016 às 17:44
Foto: Marcela Maranhão/ Rádio Jornal

Quinze dias se passaram desde que um incêndio atingiu a comunidade de Santa Luzia, na Torre, na Zona Oeste do Recife. Porém, os moradores que perderam tudo ou quase tudo nessa tragédia, reclamam do descaso da prefeitura e das condições insalubres de vida que eles estão sujeitos a passar.

Dona Maria do Carmo critica a ausência de uma assistência maior a essas famílias e faz um apelo. “O povo está esperando que o prefeito faça alguma coisa, tire a favela e dê auxílio (moradia)”, pediu a mulher. “A gente quer que alguma firma doe até resto de material pra o povo fazer seu barraco”, contou.
Segundo ela, um dia após o incêndio, algumas pessoas foram cadastradas pela Defesa Civil sem terem sido afetadas pelas tragédias, enquanto outras que perderam tudo não conseguiram se cadastrar.

Além disso, os moradores se queixaram ainda de pessoas de outras comunidades terem recebido doação no lugar dos afetados pelo fogo. A maior necessidade atualmente dos moradores é de materiais de construção para reerguerem os barracos.

Outra questão que preocupa em relação às condições do ambiente onde essas famílias estão é o risco de contrair doenças. O pequeno Andrew está sofrendo com rash viral e precisa de dois remédios: predsin, solução oral, e polaramine. Quem puder ajudar o menino, basta procurar a mãe, Carla Teixeira de Oliveira. O telefone dela é o 987224112.

Confira os detalhes na reportagem de Marcela Maranhão:

Resposta

Após a matéria, a Rádio Jornal recebeu a seguinte resposta:

Durante o incêndio que atingiu a comunidade Santa Luzia, no bairro da Torre, no último dia 12 de dezembro, a Prefeitura do Recife deslocou cerca de 100 pessoas das Secretarias de Governo, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Mobilidade e Controle Urbano, Defesa Civil e Guarda Municipal para prestar o atendimento emergencial e humanitário às vitimas. Houve o registro de três feridos.

No primeiro momento, a Defesa Civil fez um cadastramento das famílias atingidas pelo incêndio. Em seguida, houve a distribuição de cestas básicas e colchões para as 92 famílias identificadas.

A Secretaria de Desenvolvimento Social ofereceu vagas nos abrigos da Prefeitura, mas nenhuma família optou pelo abrigamento, preferindo se alojar nas casas de famílias e parentes. O cadastramento dessas famílias e o posterior cruzamento com outros cadastros da Prefeitura, mostrou que a maior parte já estava inscrita em projetos habitacionais, recebendo algum tipo de auxílio.