ENTREVISTA

Conselheiro do Sinduscon analisa sutil retomada da construção civil

Segundo ele, o mercado da construção civil no Recife está bom e se mantém saudável, já que consegue entregar todas unidades habitacionais vendidas

Rádio Jornal
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Publicado em 26/01/2017 às 11:15
Foto: Acervo/ JC Imagem

O ex-presidente e atual conselheiro do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE), Gustavo Miranda, concedeu entrevista à bancada do Passando a Limpo e falou sobre a retomada do mercado da construção civil.

Gustavo Miranda repercutiu uma matéria sobre a situação do mercado da construçao civil, mas disse que as pesquisas precisam ser analisadas com cuidado e dependem da base. “A gente vem num nível de depressão tão alto que qualquer melhora ela começa a ser significativa”, disse. “Mas só o fato de ter uma notícia positiva, já ficamos otimistas”, completou.

O conselheiro do Sinduscon comentou ainda sobre a ampliação do teto do Minha Casa, Minha Vida, no caso a renda familiar do adquirente, para R$ 9 mil, que atualmente é R$ 6.500. “Toda venda é uma troca, é um ativo por dinheiro. Então, tudo aquilo, do ponto de vista financeirio, que o governo possa fazer para beneficiar a vida do adquirente isso vai ser muito bom”, disse. “A melhor notícia do ano redução da taxa de juros”, completou.

Segundo ele, as pessoas ficam com receio de comprar imóvel por conta da instabilidade que o país passa, o que é ruim para a construção civil. “Não sabem se os juros vão continuar baixando e depois voltam a subir, não sabem se vão manter seu poder de comprar através do emprego, porque não sabem se o emprego está seguro”, lamentou Gustavo Miranda.

Sobre o mercado da construção civil o Recife ele disse que o estoque continua na casa de 5,5 mil, o que é bom. Segundo ele, a capital pernambucana tem um mercado saudável. “Você aqui não tem problemas de unidades habitacionais que tenham sido vendidas e que não tenham sido entregues”, comemorou.

Confira a entrevista completa:

Saque do FGTS

Sobre o saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), Gustavo Miranda disse que se preocupa com a má utilização do dinheiro, pois, segundo ele, o dinheiro deve ser aplicado em obras estruturadoras.

“Tenho receio que se faça política com o dinheiro do fundo de garantia”, criticou. “Pegar dinheiro do FGTS para pagar conta de crediário, de banco, eu acho que isso é um desperdício”, completou.

Segundo ele, o FGTS é muito veiculado à compra da casa própria. "Mas a importância dele não é só isso. Tudo que for obra estruturadora cabe o fundo de garantia", disse, acrescentando que o dinheiro pode ser aplicado em obras que amenizem a crise hídrica.