ESPECIAL

Penitenciária de Limoeiro convive com o problema da superlotação

Construída para receber 400 detentos, a Penitenciária de Limoeiro abriga mais de 2 mil. Apesar da superlotação, a unidade não tem histórico de rebelião.

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 27/01/2017 às 14:33
Foto: Reprodução/Internet

As dificuldades e os problemas encontrados no sistema carcerário do País crescem a cada dia. Na Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, localizada às margens da rodovia PE-90, em Limoeiro, no Agreste do Estado, a situação não é diferente. Construído para receber 400 detentos, o presídio atualmente registra uma população de mais de dois mil presos, entre homens que cumprem pena e outros que aguardam julgamento. Apesar da superlotação, a unidade prisional não tem histórico de rebelião e atualmente conta com detentos de várias cidades pernambucanas, além de outros estados brasileiros, já que a unidade prisional foi constituída como sendo de segurança máxima.

Apesar de estar acima do limite, o diretor da Penitenciária de Limoeiro, Paulo Uchôa, diz que a situação está sob controle. Ouça o depoimento na íntegra abaixo, na matéria da série especial sobre a crise do sistema carcerário no Estado, na voz de Luís Corrêa, da Rádio Jornal Limoeiro:

De acordo com a direção da penitenciária, um homicídio registrado em 2015 foi fato pontual, em decorrência de um desentendimento entre acusado e vítima. Dentre os ocorridos mais comuns estão apreensão de aparelhos celulares, armas e bebidas artesanais, além de drogas. Inclusive, um agente penitenciário foi preso pela Polícia Federal há dois anos, suspeito de facilitar a entrada de entorpecente.

Reeducação

Na Penitenciária de Limoeiro funciona a Escola Estadual Paulo Freire, onde um detento local foi o primeiro reeducando a concluir o Ensino Médio numa cadeia e ser aprovado em um vestibular, em 2012. No ano seguinte, em regime semiaberto, ele iniciou os estudos universitários. Com o intuito de amenizar a pena, ainda funcionam oficinas de artesanato, serraria e costura de peças de jeans no local. Mesmo quem não tem o poder de justiça, também faz a sua parte e colabora com quem está encarcerado. Assim trabalha a pastoral carcerária, que rotineiramente realiza celebrações, encontros e visitas dentro da penitenciária.