O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (31) que a taxa de desemprego subiu para 12% no trimestre encerrado em dezembro de 2016. Esta é a taxa mais elevada já registrada da série histórica da pesquisa, que teve início em 2012. No período de 2014 para 2016, a desocupação cresceu em 74,4%, segundo o economista Écio Costa, que falou sobre o assunto na coluna Economia & Negócios desta terça-feira (31).
Confira abaixo o comentário completo do economista Écio Costa, no "Momento Econômico", da Rádio Jornal:
Segundo o economista, esse aumento chama bastante atenção sobretudo porque a população ativa continua crescendo. “É uma escalada assustadora do desemprego, repercussão direta da crise econômica que a gente vem passando", afirmou, ao ressaltar que a taxa era de 9% em 2015. “Até o momento, esses movimentos que têm sido tomados pelo governo não têm surtido efeito diretamente na contratação de trabalhadores”, acrescentou.
Desalento
Ainda conforme Écio Costa, o número de trabalhadores que estão deixando a força de trabalho também assusta bastante. “Em torno de 907 mil pessoas, no intervalo de um ano, deixaram de procurar emprego. É o chamado desalento, quando a pessoa deixa de procurar emprego após muitas tentativas frustradas de se inserir no mercado”, explicou. “O número poderia ser ainda maior se os desalentos estivessem sendo considerados na estatística, além dos autônomos”.