Em Brasília, a expectativa é a nomeação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para assumir cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as polêmicas, uma chama atenção: a tese de doutorado de Moraes defendeu uma regra que, caso ele seja nomeado, quebrará a mesma.
Em julho de 2000, a tese de doutora defendida pelo ministro Alexandre de Moraes o impediria de ser nomeado a ministro do STF. Na época, ele dizia no trabalho que, na indicação à Corte, os que exercem cargos de confiança “durante o mandato do presidente da República em exercício” deveriam ser vedados para que se evitasse “demonstração de gratidão política”.
Alexandre Moraes já foi integrante do PSDB de São Paulo. Para ele ser sabatinado, ele precisa se desfiliar do partido.
Michel Temer conversou pela manhã desta segunda-feira (6) com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e pediu pressa para que as comissões sejam instaladas. A Comissão de Constituição e Justiça tem de estar funcionando para que o indicado por Michel Temer seja sabatinado.
O problema é o PMDB, partido do presidente Michel Temer. A sigla tem ao menos dois fortes candidatos e dois sem muita chance. Os que têm poucas chances são os senadores Marta Suplicy (SP) e Garibaldi Alves (RN). Os que têm mais chances são Raimundo Lyra e Edson Lobão.
Mas a comissão ainda não está funcionando. Os partidos não indicaram os nomes e ainda não foi escolhido o nome do presidente, por isso que a sabatina deve demorar um pouco mais.
Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza:
Pela manhã, Temer ligou para a ex-presidente do STF, Ellen Gracie, para sondar se ela aceitaria o cargo de ministra da Justiça, caso Alexandre de Moraes seja indicado para o STF.