A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) teve uma manhã e início de tarde nesta segunda-feira (13) de discussões acaloradas. Deputados da oposição afirmam que a aprovação da proposta de aumento salarial de policiais e bombeiros militares num único dia fere o regimento interno da casa.
O projeto de reajuste estava previsto para passar ainda nesta segunda-feira, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação e pela Comissão de Administração Pública para então ser votado em plenário.
Na primeira reunião do dia, na Comissão de Constituição e Justiça, o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, e de Administração, Milton Coelho, esclareceram alguns pontos da proposta do governo.
Agora que passou pelas três comissões, agora vai ser publicado no Diário Oficial desta terça-feira (14) e a votação com todos os deputados deve ocorrer no início da tarde desta terça-feira.
Deputados se manifestam
O deputado estadual Joel da Harpa, que é militar explicou o porquê o reajuste não deveria ter sido votado ainda hoje. “Nós precisamos saber que repercussão é essa de R$ 303 milhões que o governo tem divulgado em todas as esferas, tem colocado no projeto, quando na verdade a conta que nós estamos prevendo é de R$ 168 milhões”, disse.
Mesmo assim, o presidente da CCJ, deputado Waldemar Borges, autorizou a votação de admissibilidade do projeto. Logo, os deputados da oposição se retiraram do plenário coo forma de protesto.
Confira os detalhes com Erick França:
O deputado da oposição, Silvio Costa Filho, falou sobre a situação e disse o que será feito. “O Governo tenta atropelar através da força e isso é o pior caminho. Nós faremos uma reunião da bancada da oposição para ver quais medidas serão tomadas porque a gente diz desde o primeiro momento que a oposição tem tratado disso de forma responsável, serena, querendo fazer o contraditório, debatendo com toda sociedade civil organizada”, disse.
Situação defende projeto
O líder do governo na Alepe, Isaltino Nascimento, falou sobre a aprovação do projeto do reajuste dos militares. “Atendendo a uma demanda dos profissionais da segurança pública, que queriam uma paridade entre bombeiros e policiais militares com a Polícia Civil, esse projeto está garantindo isso”, disse.