Centenas de mulheres engajadas no movimento feminista se concentram no Parque 13 de Maio desde às 14h30 para a Parada Brasileira de Mulheres, nesta quarta-feira (8). Muitas delas traziam cartazes com frases de denúncias e reivindicações no grande ato político que tem como ênfase os direitos das mulheres e denunciar as diversas formas de opressão contra a população feminina. Elas seguiram pela conda da Boa Vista em direção a praça do Derby, no Centro da Cidade.
A repórter Marcela Maranhão acompanhou a manifestação e trouxe os detalhes, ouça:
Déborah Guaraná, responsável pela comunicação do coletivo feminista S.O.S. Corpo, detalhou as pautas do movimento. “Enquanto a gente está concentrada, a gente vai conversar sobre o fim do racismo, como a gente faz para acabar com essa violência racista tão grande, tanto institucional quanto nas ruas. A gente vai falar sobre essa reforma da Previdência”, contou a militante, destacando que o governo Temer tenta impor a medida. “A gente vai falar também sobre todas as formas de violência contra as mulheres seja ela física, moral, patrimonial”, completou, acrescentando ainda que temas como políticas de drogas e descriminalização do aborto.
Confira os detalhes:
Membro do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Silvia Dantas contou que a Para Brasileira de Mulheres é também um movimento internacional. “O movimento feminista fez uma articulação com todo o movimento internacional. Hoje, mulheres de 55 países vão parar contra a violência à mulher, contra o racismo”, disse, apontando que a reforma da Previdência vai prejudicar sobretudo este público.
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Movimento
Após a articulação no Parque 13 de Maio, as mulheres vão sair em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista em direção à Praça do Derby. A saída está prevista para às 17h.
Denúncias de assédio
Entre as pautas abordas está o fim da violência contra a mulher e da cultura machista. A luta contra essa prática motivou a criação da campanha online #AconteceunoCarnaval. As representantes da campanha estão no local colhendo as denúncias de casos que aconteceram nos carnavais de Olinda e Recife. Até o dia 13 de março as denúncias podem ser feitas pelas redes sociais utilizando a hastag ou pelo site www.aconteceunocarnaval.meurecife.org.br.
O mapeamento físico será apresentado às Secretarias de Defesa Social e das Mulheres de Pernambuco. "A gente veio coletar algumas denúncias ao vivo com mulheres que sofreram situação de assédio e de abuso sexual no período do carnaval de 2017. É uma campanha que está online desde fevereiro", contou Camila Fernandes que faz parte do projeto. "Muitas mulheres não têm noção que sofrem assédio e quando chegam na polícia não são acolhidas de forma correta e nem levadas a sério", apontou Camila.