ALERTA

Esporotricose: Dermatologista tranquiliza sobre tratamento da doença

Caracterizada por nódulos vermelhos e feridas, a esporotricose causa inflamação superficial na pele de homens e animais. Casos tiveram aumento no Estado

Rádio Jornal
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Publicado em 09/03/2017 às 14:16

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A incidência maior de casos da inflamação provocada por fungos, esporotricose, está deixando a comunidade médica em alerta. O ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário das Clínicas está com um serviço específico para atender e catalogar os dados da doença no Estado.

No ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde implantou notificação obrigatória para casos em seres humanos. A doença atinge também animais. A chefe do ambulatório de atendimento de esporotricose, a dermatologista Cláudia Ferraz, explica a preocupação. “A gente vem percebendo desde o segundo semestre do ano passado um aumento do número de casos atendidos nos ambulatórios”, contou. “Isso a gente vem percebendo também, na conversa com os pacientes, que existia um contato relevante com gatos com feridas cutâneas”, alertou.

A doença geralmente encontrada no solo, palhas, vegetais e madeiras também pode ser transmitida pelos animais por arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada de animais contaminados, geralmente gatos.

De acordo com o Laboratório Central de Pernambuco (Lacen), só em 2016, 73 casos foram investigados e 45 tiveram resultado positivo. Em humanos, de 14 testes, 5 apresentaram confirmação.

O repórter Rafael Carneiro tem os detalhes:

Apesar dos casos de esporotricose, a Secretaria Estadual de Saúde não possui registro o registro da doença. Em nota a SES explicou que os casos estão sendo descobertos a partir de exames e que a doença está assolando agora em Pernambuco. Ela informa ainda que a medicação antifugicida é de responsabilidade dos municípios e não é oferecida pelo SUS.

Sintomas

A esporotricose causa inflamação superficial na pele de homens e animais e pode ser caracterizada por nódulos vermelhos e feridas. A dermatologista ressaltou ainda que após a identificação da doença, o tratamento deve ser iniciado imediatamente no paciente e animal caso tenha contato direto.

No ambulatório, o encaminhado é acolhido pela equipe, responde a um questionário e passa por exames de biópsia e de pesquisa de fungos. A dermatologista Cláudia Ferraz tranquiliza em relação ao tratamento. “A doença tem tratamento e na grande maioria dos casos a doença é restrita à pele”, apontou a especialista.

O ambulatório do Hospital das Clínicas funciona de segunda a sexta de 8 da manhã às 12h.