SISTEMA PRISIONAL

Após rebelião e morte, clima na Funase de Abreu e Lima é tranquilo

Nesta segunda-feira, poucos familiares esperavam notícias sobre os parentes. A rebelião na Funase de Abreu e Lima deixou um morto e outro ferido ontem

Rádio Jornal
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Publicado em 20/03/2017 às 11:02

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Após um motim no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Abreu e Lima, que deixou um interno morto na noite desse domingo (19), o clima na unidade é tranquilo. Na manhã desta segunda-feira (20), não havia movimentação de policiais e apenas cinco familiares esperavam informações sobre os parentes na frente da unidade.

O motim teve início por volta das 20h. Os internos atearam fogo a colchões e os bombeiros foram acionados para apagar o incêndio. Saiba mais na reportagem de Erick França:

Segundo a Polícia, a confusão começou depois que alguns internos tentaram quebrar o muro que fica nos fundos do CASE. Ao serem descobertos, eles começaram uma briga entre si. Um dos reeducandos, de 17 anos, foi decapitado e outro foi salvo antes de ser morto.

A mãe de um interno que não quis se identificar conversou com o repórter Erick França. Ela relata que vive em clima de tensão com a vida do filha. "Ele estava muito nervoso, ele tava dizendo a mim que só queria sair daí de dentro. Já faz muito tem ele está aí, já era pra ele está solto", diz. "Teve a rebelião. Se ele não se envolver, ele vai morrer. A responsável fica aqui nervosa sem saber o que vai ser feito dele agora", completa.

Na noite de ontem a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) enciou uma nota à imprensa confirmando a rebelião e afirmando que a situação havia sido controlada pelo Batalhão de Choque. Uma varredura foi feita para avaliar possíveis fugas e outros feridos.

Identificação

O corpo do adolescente assassinado foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal do Recife. Até o início da manhã de hoje, o rapaz ainda não tinha sido identificado.