ESCÂNDALO DA CARNE

"Dá para reverter", diz Armando sobre prejuízo após "Carne Fraca"

Para Armando Monteiro, o mercado brasileiro é forte e governo precisa responder com firmeza. Senador criticou PF e defendeu ex-ministra Kátia Abreu

Rádio Jornal
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Publicado em 22/03/2017 às 11:55

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Com o agronegócio brasileiro ainda sob o impacto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) reconheceu os estragos no mercado de carne e acredita que nem tudo está perdido: "Não há dúvidas que o Brasil será prejudicado, porque o mercado de carne é um mercado onde há uma grande disputa internacional, mas é possível reverter o estrago", afirmou. A entrevista foi dada na manhã desta quarta-feira (22) no programa "Passando a Limpo", da Rádio Jornal.

De acordo com Armando, um processo como esse é sempre aproveitado pelos interesses comerciais de outros países. "Um processo ágil de informação, de relatórios técnicos, para mostrar que esse problema não tem grande extensão, deve ser a resposta do governo brasileiro", declarou.

CRÍTICAS À PF

Para o senador, a Operação Carne Fraca foi mal conduzida pela Polícia Federal: "O que era um problema localizado virou juízo de valor sobre o processo de inspeção de carne no Brasil. É preciso um mecanismo de controle social para que não se extrapolem os limites por parte de corporações", afirmou.

Ex-ministro da Indústria e Comércio do governo Dilma Rousseff (PT), no período entre 2015 e 2016, Armando Monteiro Neto saiu em defesa da colega de governo, a também senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que comandou a pasta da Agricultura no mesmo período, época das investigações.

De acordo com Armando, Kátia Abreu mostrou que foi ela quem afastou um dos suspeitos investigados na operação da superintendencia do Ministério da Agricultura. "Ela disse que recebeu pressão de deputados do Paraná para não tirar o suspeito. Foi ela quem tirou ele", afirmou. Armando lembrou ainda que entre os deputados da bancada ruralista que pressionavam Kátia Abreu está o atual ministro da Justiça do governo Temer, Osmar Serraglio (PMDB-RS).