FEMINICÍDIO

Mulher é estuprada e morta pelo próprio cunhado em Ipojuca

A camareira Eliane Maria da Costa saia de casa para o trabalho, em Ipojuca, quando foi atacada. O principal suspeito é o cunhado da vítima

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 04/04/2017 às 12:59

Imagem

Eliane Maria da Costa, de 30 anos, trabalhava como camareira de um hotel em Ipojuca. Nessa segunda-feira (3), ela foi estuprada, enforcada e assassinada quando saia do Engenho Tabatinga, em Ipojuca, a caminho do trabalho.

A dona de casa tinha três filhos de cinco, oito e 13 anos. De acordo com o irmão de Eliane, José Adeílson, o principal suspeito é casado com uma irmã de Eliane, identificado apenas como José Rodrigo.

De acordo com informações de testemunhas, após o crime, o suspeito teria jogado o corpo de Eliane dentro de um rio. Adeílson foi até o local, mergulhou e encontrou o corpo da irmã.

Após o feminicídio, a revolta toma conta da família. o suspeito teria voltado para casa, trocado de roupa e passado em frente à casa da mãe de Eliane "como se nada tivesse acontecido".

José Adeílson afirma não ter dúvidas que todo o crime foi planejado. "Ele sabia o trajeto que ela fazia e a hora que saía de casa. É claro que uma mulher com o porte dela não ia conseguir se defender. Ele se aproveitou da fraqueza dela", diz.

FEMINICÍDIO

É uma tipificação do crime de homicídio qualificado e se caracteriza pelo assassinato de uma mulher pelo fato dela ser mulher, em decorrência da violência doméstica, ou pela dominação do homem sobre a mulher. Em última instância, o feminicídio significa o controle sobre a vida e a morte.

A pena para um crime de homicídio é de 6 a 20 anos. No caso do homicídio qualificado, incluindo o feminicídio, a pena vai de 12 a 30 anos. A pena é aumentada em até um terço, se for cometido na frente de menores de 14 anos.