NEGLIGÊNCIA

Após tirar larvas da cabeça, criança ainda não tem previsão de alta

A menina passou por uma cirurgia para retirar as larvas. Conselho Tutelar de Olinda disse que, após receber alta, a criança não volta para a casa da mãe

Rádio Jornal
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Publicado em 10/04/2017 às 16:40

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A Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente do Paulista, na Região Metropolitana do Recife, está investigando o caso da menina de 5 anos que foi encontrada com larvas de moscas na cabeça, no bairro de Águas Compridas, em Olinda. Internada no Hospital Infantil Maria Lucinda, na Zona Norte do Recife, desde a última quinta-feira (6), a garota passou por uma cirurgia na sexta-feira (7) para retirada das largas.

De acordo com o Conselho Tutelar de Olinda, a avó materna da menina percebeu os sinais de maus-tratos e levou a garota para o hospital. Questionados sobre a infestação pelos conselheiros tutelares, o pai e mãe da criança disseram que ela fazia tudo sozinha, se arrumava e reclamava se alguém mexesse na cabeça dela, por isso, as larvas teriam passado despercebidas como detalha um dos conselheiros responsáveis pelo caso, Anderson Araújo.

"O que nos surpreendeu é que não era um lugar aparentemente de miséria. Era uma casa limpa, humilde mas organizada e se encontrava também duas crianças. Uma estava com lêndea, mas já tinha ido fazer o tratamento", contou o conselheiro.

Confira os detalhes na reportagem de Henrique Santos:

A menina morava em Olinda com os pais e duas irmãs, uma de dois e outra de três anos. O conselheiro ainda detalha como vai ficar a situação da garota após deixar o hospital. "O Conselho Tutelar já aplicou a medida protetiva. Ela não volta para a casa da mãe agora. Estamos vendo se ela volta para a casa da avó materna, que tem interesse de ficar com ela ou uma tia materna", detalhou.

Um boletim de ocorrência por maus tratos e negligência já foi aberto contra os pais da criança.

Hospital preserva criança

Em nota, o Hospital Infantil Maria Lucinda informa que segue à risca o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e protege o direito à preservação da imagem e identidade da menor. Ainda de acordo com o hospital, a garota segue internada sem previsão de alta.