VIOLÊNCIA

Morre jovem baleado por PM durante protesto contra violência em Itambé

Edvaldo Alves da Silva, de 20 anos, foi baleado por PM no dia 17 de março na cidade de Itambé. Rapaz participava de protesto por mais segurança

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 11/04/2017 às 7:59

Imagem

Morreu, na madrugada desta terça-feira (11), o jovem Edvaldo Alves da Silva, de 20 anos. Ele foi baleado na coxa por um policial militar durante um protesto contra violência no distrito de Caricé, que fica em Itambé, na Zona da Mata Norte do Estado, no dia 17 de março. Após ser atingido, o jovem ainda foi arrastado pelo asfalto até a caçamba da viatura policial.

Edvaldo Alves estava internado na UTI do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, e apresentava uma infecção na perna e respirava com auxílio de aparelhos. De acordo com o último boletim médico divulgado pelo hospital, o rapaz apresentava uma "melhora lenta, mas progressiva no quadro respiratório, cada dia precisando menos do suporte mecânico".

A febre e o quadro de infecção, porém, eram preocupantes. A família foi informada durante a madrugada e está desolada. Os familiares ainda não informaram o local e o horário do sepultamento. Saiba mais na reportagem de Ramos Silva, da redação do jornal A Voz do Planalto:

» Jovem baleado por policial militar em protesto em Itambé piora
» Jovem baleado por PM em Itambé respira com ajuda de aparelhos
» Família de jovem baleado por policial militar em Itambé pede justiça

Baleado pela PM

Durante um protesto contra violência, um oficial da Polícia Militar aparece aparece perguntando se Edvaldo quer“o primeiro a receber o tiro”. Logo depois, o jovem é baleado na perna e cai no chão. Ele ainda foi arrastado e agredido por um oficial até ser colocado na carroceria da viatura. A agressão contra o jovem foi gravada e o vídeo viralizou nas redes sociais.

Nota de pesar

Em nota oficial, o Governo do Estado lamentou o falecimento do jovem e se solidarizou com os familiares e amigos. O texto afirma que a apuração sobre o crimes está em andamento e que toda a assistência médica foi prestada pelo Estado. "O Governo reafirma o seu firme compromisso de desautorizar e impedir qualquer abuso de força por parte das polícias do Estado. Toda ocorrência será tratada com a firmeza e responsabilidade necessárias", diz o texto.