Um jogo tem preocupado a Polícia Federal em Pernambuco. O desafio da Baleia Azul tem levado jovens e adolescentes entre 10 e 17 anos a participar de uma competição que pode levar o jogador à morte.
Um grupo de criminosos por trás da competição chamada Baleia Azul desafia meninos e meninas por meio de redes sociais a realizar tarefas que vão desde assistir filmes de terror madrugada a dentro, automutilação e até cometer suicídio.
O chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, explica como esse público alvo é recrutado. “Eles têm acesso de cadastro do Serasa, cadastro nacional de pessoas e passam a intimidar essas crianças forçando elas a fazer essas 50 tarefas que o jogo impõe”, disse.
Segundo o assessor, as pessoas que controlam o desafio costumam chantagear o adolescente sobre os supostos riscos de vida que os parentes dele correm, caso eles abandonem o jogo.
Confira os detalhes na reportagem de Suellen Fernandes:
O jogo teve início na Rússia, no ano de 2015, e já levou adolescentes a se matar, o que leva a polícia a investigar casos aqui no Brasil e é um alerta da Polícia Federal, como detalha Giovani Santoro. “Já está sendo investigado três incidências aqui no Brasil. Uma em Minas Gerais, uma no Mato Grosso e outra na Paraíba”, destacou.
“É muito importante que os pais tenham um diálogo franco e aberto com seus filhos para que no menor sinal de perigo a criança se sinta confortável para contar tudo aquilo que está acontecendo. A informação é sempre o melhor caminho. Uma criança bem informada é sempre uma criança mais protegida”, alertou Giovani.
A Polícia Federal em Pernambuco alerta ainda os pais com relação ao jogo Baleia Azul. O órgão instrui os responsáveis por crianças e adolescentes a ignorar convites para a competição e que bloqueie a página, além de fazer um registro da tela e encaminhar a polícia para prestar boletim de ocorrência.
Crime
Quem induzir ou auxiliar de alguma forma o suicídio pode ser condenado de dois a seis anos de reclusão. No caso de a indução ser praticada por uma menor de idade, o pai ou responsável está sujeito a pena.