FEMINICÍDIO

Delegado diz ser "pouco provável" tese de tiro acidental que matou mulher no Rosarinho

Gisely Kelly foi baleada na cabeça pelo companheiro, o empresário Wilson Campos, que está no foragido. A defesa dele diz que o tiro foi acidental

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Publicado em 21/07/2017 às 10:13
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A Polícia Civil questiona a versão de tiro acidental para morte de uma mulher baleada na cabeça pelo seu companheiro em um prédio no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife, na última quarta-feira (19).

Gisely Kelly Tavares dos Santos tinha 37 anos e trabalhava como secretária na empresa do principal suspeito, Wilson Campos de Almeida Neto.

O delegado Breno Maia, responsável pelo inquérito afirma que a versão apresentada pela defesa de que o tiro foi acidental é frágil. “Eu acho pouco provável pela cena do crime, pela lesão que a vítima apresentava no local do crime (...) Diante do que a gente viu, é pouco provável que o disparo tenha sido acidental”, justificou.

Breno Maia ainda disse que espera o homem se apresentar até a próxima segunda-feira, mas o empresário já é considerado foragido. Caso não se apresente, o suspeito será procurado pela justiça.

Despedida

O corpo da vítima foi sepultado nesta quinta-feira (21) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, sob clima de forte comoção. Familiares e amigos comentavam o relacionamento conturbado de seis meses da vítima com Wilson.

O empresário deve ser apresentar na Delegacia do Espinheiro a qualquer momento e prestar depoimento. Ele fugiu do local do crime, um apartamento de classe média, no bairro do Rosarinho, Zona Norte do Recife.

Fernando Tavares, tio de Gisely, quase não consegue expressar o sentimento da família. “Foi muito tristonho. Acabou com nossa família. Era muito tumultuado as coisas e não dava certo”, se emocionou o homem, ao afirmar que ele era agressivo ao beber.

Suspeito foragido

A advogada do empresário diz que ele está traumatizado e que não há mandado de prisão expedido pela justiça. A versão é de que o disparo foi acidental, sem conotação passional, no momento em que estava alcoolizado.

Silvana Duarte afirma que o cliente não lembra direito o que aconteceu no imóvel na madrugada da quarta-feira.

A perícia constatou que o disparo fatal contra Gisely Kelly foi efetuado a queima roupa. O luminol encontrou manchas de sangue apenas no banheiro e não em outros espaços do apartamento do Rosarinho.

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