O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), falou na manhã desta terça-feira (25) sobre a condenação, em primeira instância, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e disse que políticos devem ter vida "modesta". "Ouvi do meu pai que se quiser fazer política tem que ter vida pessoal modesta, porque se for rico é ladrão. Imagine se um cidadão qualquer consegue acumular nove milhões só para um programa de previdência privada? Mas não sou eu que devo dar essas explicações", disse em entrevista à Rádio Jornal.
O tucano ainda disse que não se pode comemorar a sentença. "Em relação ao presidente Lula, nenhum cristão deve se alegrar com o drama de outras pessoas. Não me alegra nada disso. Mas por outro lado é importante que o País tenha instituições fortes. Nesse sentido o Brasil está dando um exemplo através da Lava Jato", comentou.
Aos 71 anos de idade, Lula foi condenado, no último dia 12, a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, é a primeira do ex-presidente na Operação Lava Jato. Moro não decretou a prisão de Lula.
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CONVERSAS COM O DEM
Em meio à pressão dentro do PSDB pelo desembarque do partido do governo do presidente Michel Temer (PMDB), Alckmin recebeu na noite dessa segunda-feira (24), dirigentes do DEM no Palácio dos Bandeirantes. O encontro durou uma hora e meia e contou com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), do ministro da Educação, Mendonça Filho (PE), do senador e presidente da sigla, José Agripino Maia (RN), e dos deputados Efraim Filho (PB) e Rodrigo Garcia (SP).
"Periodicamente nos temos feitos conversas com o DEM, senta toma um café, troca uma ideia. Foi uma grande alegria receber o presidente da casa, rodrigo maia, além de outros nomes como o ministro pernambucano, Mendoncinha", comentou.
Pré-candidato a presidente da República em 2018, o governador paulista, no entanto, ainda tem dado declarações dúbias sobre um eventual rompimento dos tucanos com Temer.