ROMPIMENTO BARRAGEM

Ação criminal contra Samarco é suspensa pela Justiça

A mineradora Samarco responde pelo desastre ambiental em Mariana em 2015

Rádio Jornal
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Publicado em 07/08/2017 às 21:50

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O processo criminal por envolvimento no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ocorrido em 2015, foi suspendo pelo juiz federal de Ponte Nova (MG), Jacques de Queiroz Ferreira. A ação acusa 22 pessoas de homicídio pelas mortes oriundas do desastre.

Além de executivos da Mineradora Samarco, são réus do processo: a Vale, BHP Billinton, assim como funcionários da empresa de engenharia VogBR. A ação foi suspensa baseada em argumentos da defesa, que alegou ilegalidade na obtenção de provas para a denúncia por parte do Ministério Público Federal. O processo vai ficar adiado até que as companhias telefônicas comprovem a regularidade das escutas usadas pela acusação.

Argumentos da defesa

Segundo informações da repórter Maiana Diniz, da Agência Brasil, o pedido de suspensão foi solicitado pelos advogados do diretor-presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, e do diretor-geral de operações da empresa, Kleber Terra. “Os dados obtidos com a medida cautelar de quebra de sigilo telefônico ultrapassaram o período judicialmente autorizado, tendo as conversas sido analisadas pela Polícia Federal e utilizadas pelo MPF na confecção da denúncia”, argumentaram.

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De acordo com o juiz, a ilegalidade das provas é uma falta grave e pode "implicar na anulação do processo”. As companhias telefônicas têm um prazo de 10 dias para disponibilizar as informações solicitadas à Justiça.

O maior desastre ambiental do Brasil

O rompimento de uma barragem da mineradora Samarco devastou o distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, em Minas Gerais, no dia 5 de novembro de 2015. Muitas pessoas morreram e outras tantas ficaram desabrigadas por conta da enxurrada de lama que destruiu tudo por onde passou. Foram 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos que continham óxido de ferro e lama “jogados” no meio ambiente.