LIGUE 180

Nos 11 anos da Lei Maria da Penha, delegada pede que vítimas denunciem

A Lei Maria da Penha protege a mulher de qualquer tipo de violência, seja ela física, psicológica, moral ou patrimonial

Rádio Jornal
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Publicado em 07/08/2017 às 14:16

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Desde de que foi criada, em 2006, a Lei Maria da Penha, que garante proteção à qualquer tipo de violência contra a mulher, seja doméstica, física, psicológica, moral ou patrimonial tem salvo vidas em todo o Brasil. Aqui em Pernambuco, os números atualizados demonstram resultados a partir de um simples gesto: a procura pelas delegacias especializadas da mulher.

De acordo com gestora do Departamento de Polícia da Mulher, de janeiro a junho deste ano 13.057 boletins de ocorrência foram registrados e, deste total, apenas uma mulher foi vítima de feminicídio, o assassinato de mulheres. Mas na prática, ainda existem muitos casos subnotificados de vítimas que sofrem agressões todos os dias.

Confira os detalhes na reportagem de reportagem de Rafael Carneiro:

Vítimas da violência doméstica

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Este é o caso a dona de casa Ana Cristina Espósito, que só depois de 35 anos de agressões sofridas pelo marido resolveu mudar esta situação. Ela lembra como era difícil conviver com as agressões.

Outra agressão comum registrada contra a mulher é a violência psicológica, em que os familiares humilham as companheiras.

A senhora Edilene Maria de Albuquerque, hoje com 66 anos, passou por isso no casamento e lamenta a demora para entender a Lei Maria da Penha.

As duas sobreviventes das agressões estavam participando de um encontro sobre o papel da polícia no atendimento as vítimas da violência doméstica e familiar, em Peixinhos, Olinda, que reuniu estudantes e mulheres justamente no dia em que a Lei Maria da Penha completa 11 anos.

Gleide Ângelo, gestora da DPMUL, orienta que o silêncio leva a morte. “Isso é importante, que as mulheres não tenham medo de denunciar. Ela tem que ter medo de continuar vivendo na violência porque assim ela vai morrer”, destacou.

Para denúncias, as vítimas podem procurar as Delegacias da Mulher, ou ligar para 180 na Central da Mulher.